Uma criança morreu e cinco indígenas ficaram feridos durante um ataque a tiros na comunidade Parima, dentro do território Yanomami, em Roraima, na última segunda-feira, 3 de julho. Os feridos são uma liderança indígena, de 48 anos, uma mulher, de 24, a filha dela, e duas meninas, de 15 e 9 anos. As buscas permanecem pelo corpo da criança assassinada, que caiu no rio.
A informação foi confirmada nessa terça-feira (4) pelo Ministério dos Povos Indígenas. Em nota, a pasta informou que os feridos foram atendidos no local por equipes enviadas pelo governo federal e que, em seguida, foram transferidos para as cidades de Surucucu e Boa Vista. Ainda não se sabe as circunstâncias do ataque nem a identidade dos agressores. A suspeita é que sejam garimpeiros que atuam de maneira ilegal na região isolada de Parima, que fica a 300 km de Boa Vista e a apenas 30 km da fronteira com a Venezuela.
O Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami, que realiza as ações de saúde na região, informou que membros do exército permanecem no território para garantir a segurança das equipes. Esse é o segundo ataque a tiros contra indígenas que vivem no território Yanomami este ano. Em abril passado um membro da comunidade morreu e outros dois foram baleados por garimpeiros na Comunidade Uxiu.
O Território Yanomami está em situação de emergência desde que foi publicado o decreto de janeiro de 2023, que dispõe sobre medidas conjuntas dos órgãos do governo federal para enfrentamento da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e de combate ao garimpo ilegal na comunidade indígena.





