A cada quatro horas, uma mulher é vítima de violência no Brasil.
Em 2022, foram mais de 2.400 casos registrados. Entre eles, quase 500 foram feminicídios, ou seja, a cada dia ao menos uma mulher morreu apenas por ser mulher. Os dados são da Rede de Observatórios da Segurança.
Formas de salvar as vidas e de acolher essas mulheres estão sendo debatidas nesta segunda e terça-feira no 1° Encontro Nacional das Casas da Mulher Brasileira, em Brasília.
A Casa presta atendimento humanizado e integrado às mulheres vítimas de violência. São oferecidos, por exemplo, serviços de acolhimento e triagem; apoio psicossocial; delegacia; Poder Judiciário; Ministério Público e Defensoria Pública.
A ideia do encontro é trocar experiências sobre o trabalho realizado na Casa da Mulher e também atualizar diretrizes e protocolos de atendimento, como explica a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, destacou a importância do acolhimento diferenciado.
O governo anunciou em março a construção de 40 novas Casas. Na Bahia, serão quatro, com investimento de R$ 47 milhões, nas cidades de Feira de Santana, Itabuna, Irecê e Salvador, que têm previsão de ser inaugurada em outubro.
Já na Paraíba serão construídas outras duas, uma em João Pessoa e outra em Patos, com investimentos de R$ 30 milhões.
As sete unidades em funcionamento estão localizadas nas capitais Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, São Paulo, Boa Vista, São Luís e na cidade de Ceilândia, no Distrito Federal.