Histórias Raras #8 🎙️Cordão de Girassol

A gente fala sobre camuflagem e outras estratégias neurodivergentes

Publicado em 06/09/2023 - 15:00 Por Leyberson Pedrosa e Patrícia Serrão - Brasília e Rio de Janeiro
Atualizado em 12/09/2023 - 15:00

Cordão de Girassol é o "season finale" desta 2ª temporada de Histórias Raras. Neste capítulo final, a gente emula diferentes vozes para discutir a camuflagem social e outras estratégias desenvolvidas por pessoas que se descobriram neurodivergentes.

O roteiro desta jornada é conhecer um pouco da história do Pedro Alcântara, autista que já dublou vozes de séries como One Piece, Jujutsu Kaisen, Backyardigans. Durnate a pandemia, ele trabalhou na dublagem do personagem Harrison, da série Nosso Jeito de Ser (As We See It). Nela, os autistas interpretam personagens que também tem o Transtorno do Espectro Autista.

"Autistas costumam ter um mecanismo de defesa para sobreviver em sociedade chamado masking, em que gente emula comportamentos e emoções. E isso ajuda também no meu trabalho como dublador, que é um braço da atuação. Então eu já estou acostumado a emular emoções e comportamentos dos outros."

Pedro Alcânatra aprendeu a emular vozes e trabalha com isso, mas a camuflagem social pode trazer uma série de impactos psíquicos. É o que explica Maria Júlia, psicóloga, mestranda no tema de TEA em adultos e uma das coordenadoras do Núcleo de Autismo e Neurodiversidade da Universidade de Brasília (UnB).

A camuflagem social se refere a uma série de esforços que pessoas autistas fazem conscientemente ou não pra suprimirem seus comportamentos autísticos ou parecerem menos autísticos possíveis nos ambientes.

Maria Júlia tem Síndrome de Ehlers-Danlos e um diagnóstico amplo de neurodivergências: ela está dentro do espectro autista, tem transtorno do déficit de atenção e hiperatividade e altas habilidades.

Nesta viagem, a gente também resgata estratégias e outras gambiarras mentais que nossos entrevistados adotam para sobreviver a um mundo de maioria neurotípica. Entre elas, está Maria Eugênia que, como dito no episódio Mais que Ròtulos , pode até ter dificuldades com textos escritos por causa da dislexia, mas sabe se virar nos trinta quando lhe dão uma oportunidade.

Eu pedia muitas vezes provas diferenciadas e era o que era o que me safava. Se eu ficasse de recuperação e pedisse prova oral, às vezes tinha professora que me concedia a oportunidade e, graças a Deus, na prova oral, eu tirava de letra.

Na reta final, a gente faz mais duas paradas. Primeiro, para explicar a escolha do girassol como identidade visual e como essa flor virou simbolo nacional garantido por lei (Lei 14.624.

Na última parada, a gente revisa os desafios e estratégias que a gente adotou para produzir a temporada, inclusive com mais acessibilidade e até uma audiodescrição dos apresentadores.

*Atualizado para inclusão do videocast em Libras.

Clique aqui para ouvir o episódio na íntegra ou clique em ▶️ para ouvir por partes:

HISTÓRIAS RARAS #8 NEURODIVERGENTES

CORDÃO DE GIRASSOL

PRÓLOGO: NOVAS VOZES

[música-tema] 🎶

[mudando o canal da tv] 🎶

[Voz brasileira do Pablo em Backyardigans] Guarda Pablo se apresentando para a ronda. 🎶

[mudando o canal da tv] 🎶

[Voz brasileira do Tony em Os Incríveis Espiões] Bem, é melhor pegar isso logo porque, senão, vamos nos atrasar pra aula.

[mudando o canal da tv] 🎶

[Voz brasileira do Nicky em Fuller House] Depois que a gente se formar, vamos abrir um trailer de tacos e peixes.

[Leyberson] Os trechos reproduzidos são de algumas vozes feitas pelo dublador Pedro Alcântara.

[mudando o canal da tv]

[Voz brasileira do Pablo em Backyardigans] …se apresentando.

[Leyberson] A entonação da voz muda de acordo com o desenho, filme ou série que ele fez.

[mudando o canal da tv] 🎶

[Voz brasileira do Nicky em Fuller House] …trailer de tacos e peixes.

[Leyberson] E também acompanha a evolução de quem começou a fazer locuções ainda criança. Aos 19 anos, Pedro já trabalhava profissionalmente como diretor.

[mudando o canal da tv] 🎶

[Voz brasileira do Nasa Yuzaka em Tonikawa] …desse jeito eu não vou ter problema com a prova. 🎶

[Leyberson] Mas ali, entre os 25 e 26 anos, em meio à pandemia, o Pedro confirmou o laudo de uma neurodivergência.

[tv sai do ar e breve silêncio] 🎶

[Leyberson] Aí, aos 28 anos, Pedro segue sendo diretor de dublagem.

[Patrícia] Para quem esperou uma reviravolta cinematográfica, a gente avisa que esse anticlímax é apenas um recorte superficial da jornada do Pedro.

[som estilizado do “Humhum” feito pelo Pardal] 🎶

[flashback - som de rebobinar] 🎶

[Patrícia - teaser] No último capítulo desta temporada, a gente traz dois novos personagens. Um deles é o Pedro Alcântara, que nos conta sobre os seus dias bons e ruins. E a gente vai apresentar também Maria Júlia. Ela investiga o tema da camuflagem social e os impactos psíquicos.

[flashback - (re)rebobinar] 🎶

[Leyberson] Então, o roteiro desta viagem final será: pegar uma carona na história do Pedro e falar sobre camuflagem social com a Maria Júlia.

[Patrícia] E na reta final, a gente faz uma parada em um campo de girassóis para um papo sobre direitos e bastidores.

[motor de carro funcionando] 🎶

[Leyberson] Partiu?

[pneus freando brusc amente] 🎶

[Patrícia] Sério? De novo isso?

[som estilizado do “Humhum” feito pelo Pardal] 🎶

[flashback - som de rebobinar] 🎶

[Ley] Depois que o episódio sai, ela também vira um videocast na Língua Brasileira de Sinais.

[Marizete] Inclusive, a equipe de Libras sugeriu que a gente fizesse uma descrição dos apresentadores.

[Leyberson] E a gente promete que faz, mas lá no último episódio. Até lá, a gente se ajeita melhor pra ficar mais bonito na foto.

[/flashback - som de (re)rebobinar] 🎶

[Ley] Bom, já são duas promessas. Bora pra abertura!

 

 

ABERTURA: AUDIODESCRIÇÃO

[música do Projeto Pulsos] 🎶

[Leyberson] Oi. Este é o Histórias Raras, um podcast original da Radioagência Nacional. Sou Leyberson Pedrosa e quem me acompanha é a Patrícia Serrão.

[Patrícia] Olá! Nesta temporada, a gente narra histórias de pessoas que se descobriram neurodivergentes depois de adultas.

[música do Projeto Pulsos se mantém mais baixo] 🎶

[Leyberson] E como bem lembrado no teaser, a gente prometeu fazer nossa audiodescrição. A ideia é trazer novos elementos aos episódios, tornando o podcast cada vez mais acessível.

[Patrícia] E como a gente está gravando a abertura com nossos celulares, esse trecho também será visível no videocast do último episódio. Simbora!

[Leyberson audiodescrição] Eu estou em um dos estúdios de gravação da EBC em Brasília, no subsolo de um shopping. Sou branco, tenho cabelo liso preto e um monte de fios brancos, inclusive na barba. Uso um fone de ouvido circumaural, que é como se chama esses “headfones” que cobrem as orelhas. E tem duas funções bem úteis. Me ajuda a tirar os cabelos dos olhos e a ouvir melhor a Pati, que está on-line por videochamada.

[Patrícia audiodescrição] Oi, eu gravo do quarto andar da Rua da Relação, do prédio da EBC no Rio de Janeiro. Daqui, eu acompanho o Ley no roteiro e gravo a minha parte localmente. Sou baixinha, tenho olhos castanhos e cabelo da mesma cor, com alguns fiozinhos brancos porque eu ainda não pinto. Também sou branca, mas, no momento, um pouco mais porque, apesar de carioca, tem muito tempo que não vou à praia. Problema que pretendo resolver daqui a pouco nas próximas férias, já na contagem regressiva.

[Leyberson ironia] Problemão, hein!

[música do Projeto Pulsos] 🎶

PARTE 1: VOZES CAMUFLADAS

[música-tema] 🎶

[Leyberson] Cordão de Girassol, parte 1: vozes camufladas

[breve silêncio] 🎶

[Leyberson] Desde cedo, a história do Pedro Alcântara é marcada por diferentes vozes.

[/música-tema] 🎶

[Leyberson] Ele fez suas primeiras participações no mundo da locução quando criança.

[Pedro Alcântara] Desde pequeno eu já sabia ler, meu pai trabalhava com locução, até que certo dia ele precisou da voz de uma criança para fazer um comercial, e eu fiz. E os meus pais pensaram: bom o Pedro gosta do ambiente de estúdio, o Pedro já sabe ler, já faz teatro. Então, vamos procurar como é que funciona a dublagem.

[Leyberson] Começou a trabalhar profissionalmente na área. E aos 19 anos já era ator, dublador e diretor de dublagem.

[Pedro Alcântara] A gente foi conhecer os estúdios de São Paulo, conheci outros dubladores, acabei entrando no mercado, e, aos 19 anos, eu me tornei diretor de dublagem.

[Patrícia] No seu perfil do Instagram, @fringon, com “n”, o Pedro se descreve como a voz brasileira do Coby em One Piece,

[mudando o canal da tv] 🎶

[Voz brasileira do Coby em One Piece] Tá brincando, o rei dos piratas é a pessoa que domina e manda no mundo todo.

[Patrícia] …do Yuta em Jujutsu Kaisen,

[mudando o canal da tv] 🎶

[Voz brasileira do Yuta em Jujutsu Kaisen] Por quê você é uma feiticeira Jujutsu? Eu queria ser assim como você. 🎶

[Patrícia]…do Pablo em Backyardigans🎶

[mudando o canal da tv] 🎶

[Voz brasileira do Pablo em Backyardigans] O! Ouuu!. Essa não, como é que a gente vai subir até lá? (Pablo?!) Calma, hein, não percam a cabeça. Vamos achar um jeito de subir até lá. (Pablo?!) O quê?

[tv sai do ar] 🎶

[Patrícia] Abaixo desta descrição, ele traz duas hashtags:

[som de mensagem enviada] 🎶

[Patrícia] #PcD

[som de mensagem enviada] 🎶

[Patrícia] E #ActualyAutistic (Realmente autista).

[som de mensagem enviada] 🎶

[Patrícia] Afinal, ser autista faz parte da identidade de Pedro.

[Leyberson] Pesquisando essas referências, me deparei com um fórum on-line de dublagem onde um internauta perguntava se o Pedro era autista. A gente resolveu emular algumas vozes para reproduzir essa discussão.

[mudando o canal da tv] 🎶

[Diogo Defante com voz acelerada] E se a gente fizesse para deixar mais claro uma SIMULAÇÃO!

[mudando o canal da tv] 🎶

[Internauta digitando] Pedro Alcântara é como eu? Eu também sou autista.

[Internauta digitando] eu também sou. Me senti super representado, tô mais motivado a ser dublador.

[Internauta digitando] Eu também! Saber que não seria o único autista no ramo da dublagem

[Internauta digitando] Qual é a surpresa, gente? Autismo, se tratado, não é tão incapacitante. Muita gente do espectro autista está nas mais diversas profissões, e muitas das vezes, as pessoas nem detectam.

[Internauta digitando] Concordo. Mas devo lembrar que autismo não se trata, pois não é uma doença, e sim um transtorno, portanto devem ser realizadas consultas com psiquiatras.

[Internauta digitando] É muito bom saber que existem autistas na dublagem, essa era uma das minhas maiores dúvidas que foram sanadas!

[internautas terminam de digitar] 🎶

[som de mensagem enviada] 🎶

[Patrícia] A partir de uma dúvida, o fórum foi além do senso comum. Deixou claro que o autismo não é uma doença a ser curada, mas sim um espectro da neurodiversidade, que tem lá seus dias bons e ruins a partir dos níveis de dificuldade do transtorno.

[Pedro] O autismo é uma forma muito curiosa de ver o mundo pra mim. Eu tenho a sensação, várias vezes, em dias que não são tão legais, em dias ruins, eu tenho a sensação que ninguém me entende e eu não entendo ninguém. E isso é um pouco angustiante. Mas em dias bons eu tenho a sensação de que eu tenho a habilidade e o poder de ver o que ninguém tá vendo. O que faz com que o mundo ao meu redor me complete e eu complete o mundo.

[Patrícia] O Pedro está entre os mais jovens entrevistados desta temporada e já se sentia autista desde a adolescência.

[Pedro] Eu comecei a entender que talvez eu pudesse ser autista no fim da minha adolescência, por conta de algumas séries e filmes que tinham personagens autistas e, apesar da maioria deles ser um pouco estereotipada e ter características muito exageradas, eu me identificava ali com eles. Mms eu deixei isso de lado por alguns anos porque eu tinha receio de descobrir que eu não era e que eu ia ter que resolver um monte de coisa.

[Leyberson] Assim, o reconhecimento como dublador veio antes dele se entender publicamente como autista.

[Pedro] Meio que o meu trabalho e a minha condição como autista tem uma correlação que eu só fui descobrir e perceber com uma epifania, que eu tive mais recentemente. Meu diagnóstico veio aos 26 anos mais ou menos.

[Leyberson] Durante a pandemia, o Pedro dublou uma série americana da Amazon ‘Nosso jeito de ser’ sobre autismo, tornando-se a única voz autista da série na versão brasileira.

[mudando o canal da tv] 🎶

[Voz brasileira do Harrison na Série Nosso Jeito de Ser] (Tá pronto?) A gente tenta amanhã. Harrison, você precisa aprender a sair do prédio. Por quê?

[som de walk talk] 🎶

[Voz brasileira do Harrison na Série Nosso Jeito de Ser] AJ, é o Harrison. Tá me ouvindo? (Câmbio). Isso é tão legal!

[som de walk talk] 🎶

[mudando o canal da tv] 🎶

[Pedro] Na época em que ela foi dublada, principalmente, que foi durante a pandemia e quase todo mundo estava trabalhando remotamente. Eu não sei se teria como fazer essa dublagem com um elenco com mais atores de dublagem no espectro autista. Mas no elenco original, os personagens autistas são interpretados por atores autistas. E eu achei muito legal que eles me procuraram para ter um papel nessa série também.

[Patrícia] A discussão no fórum traz algumas camadas interessantes. Uma delas é o fator novidade. Outra camada é o fato do assunto ter entrado no radar por causa da série. Mas por quê um autista ser dublador gerou tanta repercussão?

[Leyberson] O próprio Pedro nos deu algumas pistas.

[Pedro] Talvez por falta de acesso ao diagnóstico e por falta de inclusão no mundo, de modo geral, a gente não tem tantos autistas na dublagem. Eu conheço alguns colegas que estão no espectro autista, que não divulgam isso por questões pessoais e que eu entendo e que eu respeito.

[Patrícia] É aí que a camuflagem entra. Afinal, se a sociedade tem maioria neurotípica, tentar se camuflar a esses padrões se torna um jeito de estar nela.

[mudando o canal da tv] 🎶

[voz de IA] Marizete lendo conceitos.

[mudando o canal da tv] 🎶

[voz com qualidade de áudio de rádio FM antigo] 🎶

[Marizete lendo conceitos] Camuflagem no dicionário é o ato ou efeito de se camuflar ou de se disfarçar. Na Ecologia, a camuflagem é a adaptação de um organismo às características que o confundem com o meio onde vive.

[/voz com qualidade de áudio de rádio FM antigo] 🎶

[mudando o canal da tv] 🎶

[mudando o canal da tv] 🎶

[Pedro] Eu digo que o meu trabalho tem correlação com autismo porque autistas costumam fazer, principalmente os autistas de grau 1, que é o meu caso, ostumam ter um mecanismo de defesa para sobreviver em sociedade chamado masking, em que gente emula comportamentos e emoções que muita das vezes a gente não necessariamente compreende pra gente conviver melhor, se enquadrar nos ambientes, nos contextos sociais. E justamente essa capacidade, essa habilidade e essa necessidade são ferramentas que a gente usa também para atuar…porque eu já estou acostumado a emulaar emoções e comportamentos dos outros.

[Patrícia] O fórum mostrou que outros autistas passaram a se reconhecer no sonho de também serem dubladores.

[Leyberson] O Pedro, que também é ator, defende ainda mais a representatividade de autistas no mercado de filmes.

[Pedro] Não existem tantos atores assim autistas que a gente tem notícia mas tem alguns que a gente pode pensar aqui. O primeiro exemplo que me vem à mente acho que é o Anthony Hopkins que recebeu o diagnóstico de autismo na terceira idade já. E eu imagino como deve ter sido o alívio depois de todos esses anos… Que é mais ou menos o sentimento que eu tive quando recebi o meu diagnóstico.

[Leyberson] Ganhador de quatro Oscars de melhor ator, e duas vezes de melhor ator co adjuvante, podemos afirmar, com certeza, que Anthony Hopkins domina a arte da atuação e camuflagem.

[mudando o canal da tv] 🎶

[Doctor Lecter em Silêncio dos Inocentes] …But I'm Having An Old Friend For Dinner. Bye. (…Mas tenho um jantar com um velho amigo meu. Tchau!”)

[telefone desligando e mudando o canal da tv] 🎶

[Patrícia] Por isso, para nos ajudar a entender melhor esse fenômeno, a gente ouviu a Maria Júlia, que pesquisa os impactos psíquicos da camuflagem social. Ela é psicóloga, mestranda no tema de TEA em adultos e uma das coordenadoras do Núcleo de Autismo e Neurodiversidade da Universidade de Brasília (UnB).

[Maria Júlia] A camuflagem social se refere a uma série de esforços que pessoas autistas fazem conscientemente ou não pra suprimirem seus comportamentos autísticos ou parecerem menos autísticos possíveis nos ambientes. Então é uma discrepância entre como a pessoa se sente internamente e como ela se apresenta em contextos sociais ou de relações interpessoais.

[Patrícia] A Maria Júlia tem Síndrome de Ehlers-Danlos e um diagnóstico amplo de neurodivergências: ela está dentro do espectro autista, tem transtorno do déficit de atenção e hiperatividade e altas habilidades.

[Patrícia] Transitando entre vários espectros, a Maria Júlia resolveu investigar o quanto essa camuflagem impacta o psicológico de quem tem que se virar nos 30 para se parecer igual aos outros:

[Maria Júlia] A camuflagem social é tão necessária por a gente ter ainda um ambiente pouco inclusivo, que não compreende realmente a neurodiversidade qie fporçam que a De forma que a gente tenha que fazer um esforço pra se adaptar a ambientes que não fazem nenhum esforço para abrirem mais possibilidades de inclusão.l Ea também tem custos psíquicos muito pronunciados, como maiores índices de depressão, de ansiedade e até mesmo de suicídio por pesquisas recentes, maiores de estresse subjetivo.

[Leyberson] No caso do Pedro, ele não negava a possibilidade da neurodivergência. Mesmo assim, o diagnóstico só veio com a ajuda familiar e depois de uma investigação bem séria.

[Pedro] Eu conversei com a minha família e a gente procurou um médico especialista para ter um diagnóstico formal e oficial. E eu descobri que eu era de verdade, realmente, de fato autista. Isso me ajudou porque cada pessoa, todas as pessoas, sendo neurotípicas ou neurodivergentes tem problemas, tem questões a serem resolvidas. Mas quando você entende que tipo de pessoa você é, você consegue procurar soluções mais adequadas pra você. Tendo isso em mente eu posso procurar uma terapia adequada, direcionada para mim. Médico psiquiatra consegue identificar melhor quais questões eu preciso resolver para ter uma qualidade de vida melhor.

 

 

AVISO DE UTILIDADE

[Patrícia] Essa fala do Pedro é um gancho perfeito para o nosso aviso de utilidade pública.

[Domingão do Faustão] Vamo ae, galera da sonoplastia.

[Domingão do Faustão] Se vire nos 30!

[pardal, faz um remix diferente com o seu hum hum hum, pode ter música, gracinha etc. E intercala essas falas do Faustão.

[Domingão do Faustão] Só tem fera!

[início da trilha própria para aviso de utilidade]

[Patrícia] Aviso de utilidade!

[Leyberson] O autismo não é uma doença a ser curada ou uma característica que pode ser escolhida como o áudio de uma série de streaming.

[/som do tumtummm da netflix]

[Patrícia] O Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem várias subdivisões na Classificação Internacional de Doenças conforme a presença ou não de deficiência intelectual e ou do comprometimento da linguagem funcional.

[Leyberson] Por isso, a gente insiste: o cérebro é um grande labirinto neurocognitivo. O diagnóstico de uma neurodivergência não se trata de um bingo de sintomas.

[/som de tumulto, de bingo]

[Patrícia] Há diferentes transtornos com sintomas parecidos. Por isso, é preciso uma investigação séria, baseada em evidências científicas. Se você se sente identificado com os sintomas relatados, o primeiro passo é conversar com seu médico de confiança.

[Leyberson] E se a dúvida persistir, ir atrás de mais opiniões médicas.

[/fim da trilha de aviso para utilidade]

PARTE 2: PÉTALAS DE GIRASSOL

[música-tema] 🎶

[Leyberson] Cordão de Girassol, parte 2: pétalas.

[Leyberson] Para sobreviver, nós, seres humanos, sempre damos um jeitinho para lidar com os desafios do dia a dia

[/fim da música-tema] 🎶

[Patrícia] Quem nunca escreveu um bilhete na mão, amarrou uma fita no dedo, fez uma lista de tarefas urgentes, botou um lembrete na Alexa…

[Leyberson] Pati (tosse chamando atenção).

[Patrícia] Ih, o jogo virou. Só mais uma. Ou pediu para alguém te mandar um e-mail para te lembrar de mandar um e-mail, não é mesmo?

[trilha do MacGyver entra ao fundo]

[Leyberson] Bingo! Nessa eu marquei todas as opções. Mas no fundo, nem precisa ser Macgyver para criar essas gambiarras mentais.

[MacGyver em Arca Perdida] Tenha fé, professor. (Acho que estamos acabados, acho que eu não tinha que ter te metido nisso). Bom, ninguém me obrigou. (Bravo, sempre disse que você era o meu aluno mais inteligente, se ao menos tivesse sido aplicado na faculdade) Professor!

[/fim da trilha do Macgyver] 🎶

[Patrícia] Brincadeiras à parte, nossos entrevistados desenvolveram suas próprias estratégias para lidar com os desafios da vida. Em parte, impulsionados pelo funcionamento atípico de seus cérebros.

[mudando o canal da tv] 🎶

[Capitão Nascimento - Tropa de Elite 2] Conceito de estratégia em grego, strateegia.

[mudando o canal da tv] 🎶

[Capitão Nascimento - Tropa de Elite 2] Em latim, strategi.

[mudando o canal da tv] 🎶

[Capitão Nascimento - Tropa de Elite 2] Em francês, stratégie.

[mudando o canal da tv] 🎶

[Voz artificial] Marizete lendo conceito. Estratégia:

[mudando o canal da tv] 🎶

[voz com qualidade de áudio de rádio FM] 🎶

[Marizete] No sentido figurado, significa combinação engenhosa para conseguir um fim. Por extensão, habilidade, astúcia, esperteza. Exemplo: contorno ou a dificuldade com estratégia.

[fim da voz com qualidade de áudio de rádio FM] 🎶

[Capitão Nascimento em Tropa de Elite 2] O senhores estão anotando? Vou pedir isso na prova.

[som de tv saindo do ar] 🎶

[Marizete] A Tais Gollo mira na estratégia de camuflagem. Ela escolhe quando vale a pena ou não deixar claro o seu diagnóstico de TEA.

[Taís Gollo] Às vezes eu tenho que contar, às vezes não. Eu não coloquei nem no meu plano de parto. Nem no meu cartão de gestão porque eu na hora que minha filha nascesse eu ia pro hospital com plantonista. Mas os profissionais que estavam me atendendo no pré-natal, eles sabiam.

[mudando o canal da tv] 🎶

[entra aquele fado usado no episódio anterior] 🎶

[Marizete] Aqui no no Brasil ou em Portugal, se a prova for escrita, a dislexia pode até atrapalhar a Maria Eugênia. Mas quando é na comunicação oral, o jogo vira independente do sotaque lusitano:

[Maria Eugênia] Eu pedia muitas vezes provas diferenciadas e era o que era o que me safava. Se eu ficasse de recuperação e pedisse prova oral, às vezes tinha professora que me concedia a oportunidade e, graças a Deus, na prova oral, eu tirava de letra.

[mudando o canal da tv] 🎶

[Marizete] A psiquiatra Ana Rosa entra de cabeça no seu hiperfoco, mesmo com os efeitos colaterais de tanta dedicação.

[Ana Rosa] Eu amo a medicina,é um hiperfoco meu né? Então para quem não souber o que é hiperfoco, eleé um assunto que você tem tanto prazer, mas você tem tanto prazer que você começa a estudar estudar estudar estudar e, de repente você perde a mão, sabe? E aí você vai 1 dia, 2 dias estudando e de repente dói.

[Marizete] Alana Yaponirah é uma mãe neurodivergente. E sabe bem como domesticar os leões do TDAH e da própria maternagem.

[coloca uns rugidos usados no ep. mães neurodivergentes] 🎶

[mudando o canal da tv] 🎶

[Alana Yaponirah] O meu hiperfoco é trabalhar com mãe.A maternagem ela trouxe para mim esse olhar de como a maternidade desafiadora. A maternidade sem rever apoio, ela é três vezes quatro vezes mais e com a neurodivergência tem sido uma luta diária. Eu faço psicanálise toda semana, eu tomo suplemento para melhorar a minha cognição porque o TDAH traz muita agressividade. E às vezes, a gente tem questões com agressividade. Então, Eu luto contra minha agressividade, faço exercício físico.

[Marizete] Já a Jéssica Borges, como educadora e ativista pelos direitos humanos, combate estereótipos, desarmando discursos capacitistas.

[Jéssica Borges] A gente vai tentando aí, driblando um sistema, né? Que hierarquiza pessoas enquanto a sua funcionalidade, assim conta a história do capacitismo. Eu sonho, enquanto coletivo com outras mães, no dia que a gente vai poder ser chamada só de mãe sem o sobrenome atípica. Mas

[Marizete] Com Síndrome de Tourette, Fábio Cizotti sabe que não dá para ficar ligado a 220 volts a todo momento. Sempre que pode, ele regula a tensão quando vai fazer algo. E assim consegue fazer de tudo, um pouco

[se der, coloca uns sons de variação de alta tensão] 🎶

[mudando o canal da tv] 🎶

[Fábio Cizotti] Assim que as pessoas não tenham medo, assumam se tem realmente essa síndrome, encarem a vida de fé de frente. A gente pode fazer tudo, né? Lógico que no nosso tempo, do nosso jeito. Só não ter medo, não atropelar nada. Vamos fazer devagarinho, eu acho que tudo a gente pode pode encaixar nesse mundo tão diferente hoje, né?.

[Marizete] Além de estudar cientificamente o seu entorno, a Maria Júlia também transforma teoria em prática dentro da academia.

[Maria Júlia] Não basta a gente ter políticas que promovam o acesso das pessoas com deficiência, das pessoas neurodivergentes dentro da universidade. A gente precisa garantir a permanência. A gente promove eventos, rodas de conversa, trabalha bastante com a capacitação e sensibilização dos profissionais também. Com o objetivo principal de alcançar uma universidade mais inclusiva.

[som de tv saindo do ar] 🎶

[trilha que marca mudança de bloco] 🎶

[Patrícia] Muitas vezes, a melhor estratégia é buscar informação. Assim, você passa a encontrar diferentes dicas de como lidar com o diferente.

[trilha que marca mudança de bloco] 🎶

[Patrícia] Elas podem estar indicadas em broche ou colar, não é mesmo, Ana?

[Ana Rosa] Olha só, gente. Pessoal que trabalha em qualquer lugar e vê uma pessoa com um colar, seja do girassol, seja da neurodiversidade ou seja do autismo. [O colar da] Neurodiversidade, gente, é aquele lacinho, tá? No infinito. é do autismo até assim é do quebra cabeça tá bom? Se vocês virem isso, não se dirijam a pessoa que está ao lado de quem está com colar. A pessoa que está ao lado de quem está com colar pode ser uma amiga, pode ser um marido, ou pode ser o suporte dela. Não significa que essa pessoa tem um problema cognitivo. Essa pessoa está usando o colar porque se ela ficar numa fila

[Leyberson] Esses dias mesmo, eu encontrei um colar que misturava os símbolos do autismo e do girassol pendurado no retrovisor interno de um carro. Era no estacionamento de uma loja e o carro não estava em uma vaga reservada e nem tinha ninguém perto. Mesmo sendo bastante curioso, fiquei com uma sensação de tranquilidade ao entender o que aquele colar representava ali.

[Patrícia] Inclusive, a gente já falou sobre o Girassol, símbolo das deficiências ocultas, lá no terceiro episódio da primeira temporada.

[flashback - rebobinar] 🎶.

[Patrícia] E eu fui, fiz duas experiências, uma, eu fui no Pão de Açúcar, e me identifiquei como uma pessoa com doença rara com deficiência. E aí, na mesma hora, eu perguntei, porque eu precisava do elevador, tem muitas escadas, falaram, não, você está com o seu colar de girassol aí? Pois não, não estou, eles, não, então toma, a gente tem um, me deram um colar de girassol, e eu tive tratamento VIP…. E a outra exwperiência que eu fiz, nesse mês de fevereiro, usar o colar de girassol no me trô lotado do Rio de Janeiro.

[/flashback - (re)rebobinar] 🎶.

[Leyberson] O Girassol está presente no podcast Histórias Raras desde o começo. E nesta temporada, a identidade visual traz a imagem de um girassol cinza sobre um círculo preto.

[pneus freando bruscamente] 🎶

[som do Pardal fazendo “Cof cof”] 🎶

[Leyberson] Ah! A gente pediu um resumo para a Caroline Ramos, que criou as peças. É melhor ela mesmo explicar a ideia:

[som de mensagem de whatsapp] 🎶.

[voz com qualidade de áudio de rádio FM antigo] 🎶

[Caroline Ramos] Então, nesta temporada sobre neurodivergência, o girassol é representado por uma leve distorção visual, que ocorria direto nas televisões antigas. O efeito tem até nome: glitch. Quando a transmissão falhava, as imagens apareciam em linhas cinzas com poucos toques de cor. Por isso, as pétalas parecem estar em movimento, inquietas. Além disso, cada episódio tem sua própria capa e cor. Em volta da flor, surgem elementos na mesma paleta de cor, reforçando algumas falas dos episódios.

[fim da voz com qualidade de áudio de rádio FM antigo] 🎶

[Patrícia] Na cartela deste episódio, aparecem alguns clipes de papel para simbolizar as gambiarras mentais a la MacGyver, uma trilha para lembrar da jornada e, principalmente, traz um cordão de girassol, que dá título ao episódio. Essa escolha ultrapassa o sentido figurado que a gente tinha dado no fim da primeira temporada. Roda o flashback:

[flashback - rebobinar] 🎶.

[Patrícia] E a gente fecha essa série fazendo outra pergunta ao Google: afinal, o que é um girassol? O dicionário traz, enfim, uma definição mais interessante.

Tec: voz não mais robotizada/mais humana: “item 4: designação comum às plantas cuja flor se volta para o sol”

[/flashback - rebobinar] 🎶.

[Leyberson] Antes a Pati contava a experiência dela de pós-pandemia com o colar no pescoço. Agora, durante a temporada sobre Neurodivergentes adultos, aconteceu a sanção da lei que torna o cordão de girassol símbolo nacional de identificação das doenças ocultas ou não aparentes. O assunto foi notícia no dia 19 de julho de 2023 na Rádio Senado:

[mudando o canal da tv] 🎶

[voz com qualidade de áudio de rádio FM antigo] 🎶

Foi sancionada sem vetos a lei que trata do uso do cordão ou colar de girassóis para identificar pessoas com alguma deficiência oculta não vista de imediato. Entre elas, estão a surdez, autismo, diabetes, asma, limitações intelectuais, deficiências cognitivas, entre outras.A fita será verde com diversos girassóis amarelos. Sob a supervisão de Hérica Christian, da Rádio Senado, Carol Teixeira.

[fim da voz com qualidade de áudio de rádio FM antigo] 🎶

[mudando o canal da tv] 🎶

[início da música-tema da temporada] 🎶

[Patricia] A lei não substitui a apresentação de documento comprobatório de deficiência quando solicitado e afirma que o uso do símbolo será opcional. Afinal, a camuflagem social não deixa de ser uma escolha e a ideia não é separar pessoas.

 

 

[Leyberson] Pelo contrário, ações como essa são algumas de muitas estratégias de visibilidade em busca por direitos dentro de uma sociedade que só tem graça exatamente por causa da sua diversidade.

[fim da música-tema da temporada] 🎶

EPÍLOGO: CONVERSA DE BASTIDORES

[som de carro partindo] 🎶

[Patrícia] E, Ley, a gente tá chegando no final. Vamos parar um pouquinho e fazer uma revisão, um bate-papo sobre como é que foi produzir isso tudo?

[pneus freando bruscamente] 🎶

[Patrícia] Eu queria saber de você. O que você aprendeu com essa temporada toda?

[Leyberson] A gente tá fazendo um podcast em áudio e, cada vez mais, ele tá ganhando outras caras, outros formatos, com pessoas que não ouvem, pessoas que têm dificuldades de certas entonações. Então, a gente tem um desafio de inserir marcações temporais, fazer descrições. E a gente só foi fazendo isso, aprendendo com os nossos entrevistados.

[Patrícia] Eu acho muito legal isso, porque eu acho que é um caminho sem volta, não só para esse podcast, mas para comunicação pública. A gente tem que se preocupar em fazer comunicação para todos, que as pessoas possam nos ver, nos ouvir, nos identificar e tenha acesso à informação, independente da sua neurodiversidade, da sua dificuldade.

[Leyberson] Com certeza. E aí a gente virou videocast também, né? Agora até no Spotify, no YouTube e no site da Agência Brasil, lá onde está a Radioagência, a gente coloca ali a transcrição, outros elementos, os blocos temporais, tentando fazer esse trabalho mais qualificado e mais destrinchado, né?

[Patrícia] E falando em estratégia de pessoas neurodivergentes, você é TDAH . Como está sendo as suas estratégias pra conseguir formatar esses episódios?

[Leyberson] A gente veio meio que desde a primeira temporada nos revelando e aprendendo com a gente mesmo a contar, sem que isso fique uma questão personalista, né? Não é fácil, tem hora que a gente cansa pra caramba, eu imagino que você passou por isso várias vezes. Mas é uma característica da sociedade, ser divergente está aí no meio do bolo das pessoas que têm um comportamento mais padrão.

[som estilizado do “Humhum” feito pelo Pardal] 🎶

[Patrícia] Eu quero lembrar também que tem mais uma última temporada. A gente ainda está definindo o que vai ser.

[som de suspense] 🎶

[Leyberson] Mas tem um spoiler na sala, hein? Dia 29 de fevereiro, em 2024, entra no calendário.

[Patrícia] É o Dia Mundial das Doenças Raras.

[mudando o canal da tv] 🎶

[início da música do Projeto Pulsos e vai até o fim dos créditos] 🎶

[Patrícia] Então, se gostou, se tem sugestões para a última temporada e tudo, manda para Ouvidoria da EBC suas sugestões, seus elogios, suas críticas.

[Leyberson] Mande um e-mail para ovidoria.ebc.com.br ou entre lá no site da EBC, que existem outras formas de se comunicar com a gente.

[Patrícia] É isso, gente. Foi ótimo conversar com todas essas pessoas incríveis que fizeram parte dessa temporada.

[Leyberson] Valeu, gente. Até a próxima.

CRÉDITOS

[música-tema da temporada] 🎶.

[Leyberson] Histórias Raras é um podcast original da Radioagência Nacional apresentado por mim, Leyberson Pedrosa, e Patrícia Serrão.

[Patrícia] Os episódios das duas primeiras temporadas já estão disponíveis em bit.ly/episodiosraros. Lá você encontra a lista de episódios divididos em blocos temáticos, além de conteúdos complementares.

[Leyberson] No Spotify e Youtube, o Histórias Raras também é videocast e traz a interpretação simultânea do áudio para Libras, a Língua Brasileira de Sinais.

[Patrícia] O Leyberson é idealizador do formato e assina o roteiro e direção. Ele também participa das entrevistas e montagem dos episódios. A Bia Arcoverde é responsável pela coordenação de projeto e cuida da edição do roteiro.

[Leyberson] A Patrícia Serrão é responsável pela concepção de pauta, produção e entrevistas. A gente também contou com o apoio de produção de Simone Magalhães.

[Patrícia] A sonoplastia e identidade sonora são de José Maria, o Pardal. A captação de áudio ficou por conta das equipes dos estúdios de gravação da EBC no Rio de Janeiro e em Brasília.

[Leyberson] A identidade visual e design são de Caroline Ramos. A Marizete de Souza fez as leituras de textos, conceitos e participou da apresentação do teaser.

[Patrícia] A gente agradece as contribuições de Rafael Serrado, Isadora Pimentel, Aldo da Silva, Gabriel Arcoverde, Suzana Guimarães, Adeia Matsuki, Edgard Matsuki que nos ajudaram com áudios, dicas e observações.

[Leyberson] Liliane Farias e Raíssa Saraiva atuam nas estratégias de publicação e distribuição em redes. O videocast em Libras tem interpretação de Neide Lins sob direção de vídeo de Lorena Veras e captação de Daniel Hiroshi.

[Patrícia] Esta série tem finalidade jornalística e utilizou trechos de artigos científicos e dados do CID-11, Classificação Internacional de Doenças, publicado pela Organização Mundial de Saúde.

[Leyberson] Para contextualizar situações,a gente usou trechos das vozes do entrevistado Pedro Alcântara em dublagens nas séries Backyardigans, Incríveis Espiões, Fuller Houser, One Piece, Jujutsu Kaisen, Tonikawa e da série Nosso Jeito de Ser da Amazon. Teve também trechos da Rádio Senado e do ator Anthony Hopkins interpretando Dr. Lecter no filme O Silêncio dos Inocentes. E para dar um efeito mais dinâmico e divertido, a gente usou falas do Diogo Defante no canal Coisa Nossa, da dublagem da série de 1988 de MacGyver e do Faustão.

[ATÉ 2024 QUANDO 29 DE FEVEREIRO REAPARECE NO CALENDÁRIO]👋.

 

Apresentação e entrevistas: Leyberson Pedrosa e Patrícia Serrão
Roteiro, direção, idealização do formato e montagem do áudio: Leyberson Pedrosa
Concepção de pauta e produção: Patrícia e Simone Magalhães (apoio)
Edição de texto e coordenação: Bia Arcoverde
Identidade sonora e sonoplastia: José Maria Pardal
Operação de áudio:Equipe de operação de áudio dos estúdios da EBC (DF e RJ).
Leitura das definições Marizete Cardoso
Distribuição em redes: Liliane Farias e Raíssa Saraiva
Identidade visual e design gráfico: Caroline Ramos
Versão em Libras: Neide Lins (intérprete); Lorena Veras (direção de vídeo); Daniel Hiroshi (captação de imagem); Felipe Leite e Fernando Miranda (montagem do vídeo).
Implementação web: Leyberson Pedrosa sob código do Especial Histórias Raras.

Edição: Leyberson Pedrosa / Bia Arcoverde

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