Mulheres de todas as regiões do país estão em Brasília para mais uma edição da Marcha das Margaridas.
A expectativa é que mais de 100 mil mulheres do campo, das florestas e das cidades participem de uma grande marcha na manhã desta quarta-feira. Elas vão caminhar seis quilômetros pela Esplanada dos Ministérios até chegar ao Congresso Nacional para o ato de encerramento, que vai contar com a presença do presidente Lula.
A agricultora Iraní Teixeira da Silva, de Ceará-Mirim, no Rio Grande do Norte, fala sobre a emoção de participar pela primeira vez do encontro.
Mas as atividades já começaram nesta terça-feira (15) com plenárias, oficinas, painéis temáticos e uma mostra de artesanato e produtos da agricultura familiar. A programação inclui ainda a abertura oficial do evento.
Além disso, uma sessão solene homenageou as Margaridas, no Senado Federal. A coordenadora-geral da Marcha, Mazé Morais, comentou a importância do momento.
O tema deste ano é “Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver”. O encontro aborda assuntos em vários eixos políticos, como: democracia, participação política, combate à violência, clima, meio ambiente, saúde, trabalho e educação.
A agricultora aposentada Maria Ferreira, de Peritoró, no Maranhão, participou de todas as edições da marcha, desde o ano 2000. Ela fez questão de defender, em forma de canção, o trabalho das quebradeiras de coco.
A Marcha é realizada a cada quatro anos e sempre no mês de agosto. E é uma homenagem à líder sindical e defensora dos direitos humanos Margarida Alves, que foi assassinada há 40 anos em Alagoa Grande, na Paraíba.