Dia 31 de agosto é o Dia Internacional de Pessoas Afrodescendentes e as Nações Unidas pedem manifestações contra todas as ideias de superioridade racial e contra manifestações de racismo.
Nesta quinta-feira, especialistas independentes solicitaram que a Assembleia Geral das Nações Unidas avalie a possibilidade de declarar uma segunda Década Internacional para Pessoas de Descendência Africana para o período 2025-2034. A ideia é renovar medidas "para abordar a discriminação sistêmica e os legados do passado" para alcançar "reconhecimento, justiça e desenvolvimento para pessoas de ascendência africana em todo o mundo".
Em mensagem publicada nesta quinta-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres, apontou que legado de séculos de escravidão se reflete em desigualdades e injustiças nos dias atuais. Mas Guterres também defendeu que nos últimos anos houve um movimento global antirracismo. No caso das Nações Unidas, foi criada uma equipe especial para implementar um Plano de Ação Estratégica para Combater o Racismo.
O apelo do secretário-geral da ONU é para que os países tomem medidas concretas contra antigas e novas formas de discriminação racial, com objetivo de combater o racismo estrutural e institucional.
Em uma pesquisa recente do Ipec, Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica, mais da metade (51%) dos brasileiros disseram já ter presenciado atos de racismo, e seis em cada dez pessoas consideram, sem qualquer ressalva, que o Brasil é um país racista.