A maior ação conjunta de combate ao trabalho escravo e tráfico de pessoas no Brasil, a Operação Resgate III, resultou na descoberta de 532 trabalhadores atuando em condições degradantes, em todo o país.
Esses números foram registrados durante 222 inspeções, realizadas no mês de agosto, com a participação de mais de 70 equipes de fiscalização, em 22 estados e no Distrito Federal.
A ação conjunta envolveu seis instituições: o Ministério do Trabalho e Emprego; os Ministérios Públicos do Trabalho e Federal; a Defensoria Pública da União e ainda as polícias Federal e Rodoviária Federal.
Somente no estado de São Paulo foram encontrados 54 trabalhadores nessa situação; 31 deles na capital paulista. Desses, 13 – todos bolivianos - atuando em oficinas de costura; 17 em restaurantes e ainda um trabalhador na construção civil.
Durante o primeiro semestre, o Ministério Público do Trabalho em São Paulo recebeu 202 denúncias de trabalho escravo na capital, em municípios do Grande ABC e da Baixada Santista; e em Barueri, Guarulhos e Mogi das Cruzes. Doze empresas foram processadas e outras 28 assinaram Termo de Ajustamento de Conduta com o órgão.
Agosto é considerado um mês-chave da operação, já que o dia 23 marca o Dia Internacional para a Memória do Tráfico de Escravos e sua Abolição, data instituída pela Unesco, ligada às Nações Unidas.