Cerca de 30% das crianças e adolescentes acolhidos no estado do Rio estão no regime há mais de um e ano meio. Ou 70% deles estão há menos de 18 meses em acolhimento, que é o tempo máximo previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente. Os dados são do novo Censo da População Infantojuvenil Acolhida, realizado pelo Ministério Público do estado.
Em 2022 eram quase 34% de acolhidos em uma espera longa para adoção ou retorno ao convívio familiar e, em 2021, quase 40%, o que mostra uma tendência de redução. Já o número de jovens acolhidos manteve patamar estável, subindo de 1.455 para 1.512.
Segundo o MP, a redução no tempo de institucionalização indica que o sistema tem melhorado e cumprido seu papel de promoção do convívio familiar e comunitário.
O novo censo também mostra que cresceu em números absolutos e também proporcionalmente os acolhidos em razão de abuso sexual ou por estarem em situação de rua, que passaram a ocupar o quinto e o quarto principal motivo de acolhimento. Os três primeiros permanecem sendo negligência, abandono e abuso físico ou psicológico.
Outro destaque foi a redução expressiva no número de acolhidos por motivo de guarda ou tutela malsucedida.
Ainda de acordo com o Censo, o estado do Rio perdeu cinco abrigos institucionais e um de modalidade casa-lar em relação ao ano passado.