Podcast: EP 1 - 190 anos de luta antirracista ligam passado e presente
O primeiro periódico feito por pessoas negras e voltado para este público foi criado em 1833. Neste 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, lançamos o Podcast Imprensa Negra no Brasil. O primeiro episódio - 190 anos de luta antirracista ligam passado e presente - aborda a criação do periódico O Mulato ou O Homem de Côr.
O Mulato, que depois passou a se chamar O Homem de Cor, jornal criado há 190 anos, denunciava que a separação dos pelotões pela cor dos soldados era um desrespeito à Constituição do Império, que determinava que “ todo cidadão poderia ser admitido aos cargos públicos civis, políticos e militares, sem outra diferença que não seja a de seus talentos”.
Quando este periódico foi lançado, a escravidão ainda vigorava no país, mas não foi tema do jornal. O foco de O Homem de Cor era denunciar a discriminação racial contra pessoas negras livres.
Desde as primeiras publicações os movimentos sociais e pesquisadores têm denunciado incessantemente as abordagens policiais racistas e a criminalização sistemática de negros. Era assim em 1833 e continua assim em 2023: o grupo responde por 68% dos que estão hoje em presídios no país, segundo o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A pauta é uma constante na imprensa negra.
“Um país de maioria negra como o nosso, é escandaloso, é intolerável que o negro só seja participante nas mais humildes e mal pagas situações de trabalho nesse país. É impossível admitir que um Brasil construído pelo braço, pelo sangue, pelo esforço do negro, não tenhamos ministros do Estado negros, nós exigimos participação nos Ministérios. Porque nós não podemos ser teleguiados dos brancos. Não podemos abrir mãos do nosso direito de autogoverno. E onde estão por exemplo os generais de quatro estrelas da Raça Negra? Onde estão os almirantes negros? Onde estão os juízes do Supremo Tribunal Federal da Raça Negra?”
Esse é Abdias Nascimento, em discurso em praça pública no dia 20 de novembro de 1983. Na época, ele era deputado federal e o Dia da Consciência Negra ainda não tinha sido instituído no Brasil. Levariam mais 20 anos para o 20 de novembro entrar no calendário escolar e só em 2011 a data foi oficializada em memória da luta de Zumbi dos Palmares.
É assim que começa o primeiro episódio de uma viagem que vai passar ainda pela história de Abdias Nascimento e o jornal Quilombo, seguindo pela Revista Tição ontem e hoje, a TV Quilombo que ajuda comunidade a preservar memória de lutas e chega aos tempos atuais com jornalistas negros que desafiam abordagens racistas da mídia tradicional.
Agora clique no player e confira o primeiro episódio, ou se preferir ouça nas plataformas de áudio e assista pelo YouTube com interpretação em Libras.
Para acompanhar o texto completo, os créditos, e os episódios publicados no Youtube e Spotify clique nos campos abaixo.
O próximo episódio que trata de Abdias Nascimento será publicado na próxima sexta-feira (24).
Clique e confira a série da Agência Brasil sobre o 190 anos da Imprensa Negra.
Você pode conferir, no menu abaixo, a transcrição do episódio, a tradução em Libras e ouvir o podcast no Spotify, além de checar toda a equipe que fez esse conteúdo chegar até você.
PODCAST
IMPRENSA NEGRA NO BRASIL
Música de abertura 🎶
Abdias Nascimento: Um país de maioria negra como o nosso, é escandaloso, é intolerável que o negro só seja participante nas mais humildes e mal pagas situações de trabalho nesse país. É impossível admitir que um Brasil construído pelo braço, pelo sangue, pelo esforço do negro, não tenhamos ministros do Estado negros, nós exigimos participação nos Ministérios. Porque nós não podemos ser teleguiados dos brancos. Não podemos abrir mãos do nosso direito de autogoverno. E onde estão por exemplo os generais de quatro estrelas da Raça Negra? Onde estão os almirantes negros? Onde estão os juízes do Supremo Tribunal Federal da Raça Negra?
Sobe som 🎶
Rafael: Esse é Abdias Nascimento, em discurso em praça pública no dia 20 de novembro de 1983. Na época, ele era deputado federal e o Dia da Consciência Negra ainda não tinha sido instituído no Brasil. Levariam mais 20 anos para o 20 de novembro entrar no calendário escolar e só em 2011 a data foi oficializada em memória da luta de Zumbi dos Palmares.
Som de fita voltando 🎶
Rafael: Agora, vamos voltar no tempo, 150 anos antes desse discurso e 190 anos antes da atualidade. O trecho a seguir é o início do texto que lançou o jornal O HOMEM DE COR, em setembro de 1933. Na ocasião, o jornal denunciava a divisão de pelotões do Exército de acordo com a cor dos soldados, imposta por ofício do presidente da província de Pernambuco, Manuel Zeferino dos Santos.
Som de Sino 🎶
Dilson: Parto monstruoso e revoltante é sem dúvida o Ofício de 12 de junho de 1833, se a brutalidade ou crassa ignorância o não ditará, a ideia de divisão das Classes fere de morte a Constituição do Império, e no pélago de intrigas intermináveis a preza é partilhada com o mais forte. E para que frustrem intenções danosas ergue o filósofo a vós sempre superior aos prejuízos do século, e mostra a análise do precitado Ofício o que o dever e a honra proscreve o semelhante lide.
Sobe som 🎶
Rafael: Eu sou Rafael Cardoso e este é o primeiro episódio do podcast Imprensa Negra no Brasil. Em cinco capítulos, vamos percorrer algumas iniciativas que deram espaço de fala para a população negra levar e receber informação por meio de uma mídia específica. Racializada.
Sobe som 🎶
Akemi: Episódio 1: 190 anos de luta antirracista ligam passado e presente
Sobe som 🎶
Rafael: Passado e presente. Separação de classes, ou castas, de acordo com a cor das pessoas. Se 40 anos depois do discurso de Abdias, que ouvimos no começo do episódio, temos alguns poucos ministros negros e ministras negras, os generais negros foram apenas onze, entre 1822, quando o exército brasileiro foi criado, e 2021. O levantamento é do jornalista e pesquisador Sionei Ricardo Leão, que lançou em 2021 o livro Kamba’Racê, com K. E nenhum desses generais chegou a quatro estrelas, como pedia Abdias Nascimento.
Sionei: Desses 11, o primeiro, o Lourival do Carmo, ele é contemporâneo do presidente Dutra, então nos anos 40, 50. E ele foi general de 3 estrelas. O generalato tem três hierarquias: general de brigada, que é duas estrelas, que é a primeira promoção. General de divisão, três estrelas. E o topo é general de exército, que é quatro estrelas. O Lourival é general de divisão, chegou a três estrelas. E o Matos, que até a minha pesquisa era tido como o primeiro general negro, eu mostro que ele foi o segundo, ele também foi general de três estrelas. O exército publica sobre ele, já vi revistas, ele é muito comemorado, muito respeitado. Os demais, todos os outros, são generais de duas estrelas. Tem um na ativa, que é o André Luiz, como está na ativa, talvez possa ser promovido, três estrelas, quatro estrelas, né? Então, aí ele seria o terceiro a sair de general de brigada.
Rafael: Esse áudio do Sionei é de uma entrevista que ele deu para a TV Senado quando lançou o livro Kamba’Racê, em 2021. Atualizando a informação, encontramos no LinkedIn que, em novembro de 2023, o general André Luiz Ribeiro Campos Allão, comandante da Décima Divisão Militar, em Fortaleza, é general de Divisão, ou seja, o terceiro negro a atingir o posto de três estrelas no exército brasileiro. Quatro estrelas, nenhum até o momento.
Som de tilintar de sinos 🎶
Akemi: Kamba’Racê significa “lamento negro”, em guarani. E o livro escrito por Ricardo Leão relembra o episódio histórico da Retirada de Laguna, quando 130 soldados negros que lutaram na Guerra do Paraguai e estavam com cólera foram executados pelo pelotão, por causa da dificuldade de carregar os doentes. Um fato que ilustra bem o racismo denunciado ontem e hoje.
Rafael: Voltando ao O Homem de Cor, o jornal denunciava que a separação dos pelotões pela cor dos soldados era um desrespeito à Constituição do Império, que determinava:
Som de sino 🎶
Dilson: Todo cidadão pode ser admitido aos cargos públicos civis, Políticos e Militares, sem outra diferença que não seja a de seus talentos.
Rafael: O texto constitucional é destacado na primeira página da publicação. A denúncia segue em tom elevado:
Som de sino 🎶
Dilson: O título segundo da Constituição marcando Cidadãos Brasileiros não distingue o roxo do amarelo, o vermelho do preto, mas o dictador Zeferino, na Pátria dos Agostinhos, ousou em menoscabo da grande Lei cravar agudo punhal em os peitos Brasileiros. Demos ao Presidente moderado que deverá se criar batalhões segundo os quilates da cor. Criava-se um Batalhão dos intitulados brancos do Brasil, outro de mulatos e outro de pretos. O Comandante Geral seria Branco? Em tal caso as classes heterogêneas o não quereriam. O governo sendo composto de brancos não deveria a ser obedecido pelas classes heterogêneas.
Sobe som 🎶
Rafael: Lembrando que naquele tempo a imprensa era panfletária mesmo, muitos jornais surgiam para defender uma causa e desapareciam quando o objetivo era alcançado. Nem sempre existia essa intenção noticiosa do jornalismo ensinado nas faculdades atuais, com a ideia de reportar os fatos com isenção e de ouvir todos os lados envolvidos.
Som de sino 🎶
Dilson: Quando se há mister dos homens, somos patrícios, a terra é nossa, fingem-se cartas de liberdade, forças no arsenal. Quando servidos, mulatos e pretos tomai vosso lugar, sois maioria atrevida, gente de chinelo e cacete. Saiba o presidente moderado que os exaltados e os brancos não moderados vivem em harmonia e nada se lhes dá de serem comandados por muitos das classes heterogêneas, e nesta luta vergonhosa a balança é em favor das raças desprezadas bem que não desprezíveis. Brasileiros artistas, e vós outros que fazeis a felicidade das Nações, abraçai-vos com a Constituição, desprezai esta pequena rivalidade, fazei votos para que o governo acorde e demita a um presidente promotor da anarquia e das dissenções entre as classes do Brasil. Todo o mais aranzel do presidente de Pernambuco é chocarrice moderada.
Som de tilintar de sinos 🎶
Akemi:: Aranzel significa discurso ou conversa confusa, tipo lengalenga. E CHOCARRICE quer dizer de forma insolente ou zombaria. Ou seja, o jornal está chamando o decreto do presidente de Pernambuco de papo furado para zombar da população e instigar a segregação racial.
Rafael: Movimentos sociais e pesquisadores têm denunciado incessantemente as abordagens policiais racistas e a criminalização sistemática de negros. Era assim em 1833 e continua assim em 2023: o grupo responde por 68% dos que estão hoje em presídios no país, segundo o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A pauta é uma constante na imprensa negra.
Som de sino 🎶
Dilson: Criminoso seria o homem de cor, se na crise mais arriscada, na ocasião em que os agentes do Poder desembainham as espadas dando profundos golpes na Constituição, na Liberdade e em tudo o que há mais sagrado no enjeitado Brasil guardasse mudo silêncio, filho da coação, ou do terror.
Rafael: Esse trecho, de outra edição de O Homem de Cor, denunciava a prisão arbitrária de Maurício José de Lafuente, homem negro acusado de vadiagem e porte ilegal de arma. As provas desmentiram a acusação e o jornal afirma sem medo de errar:
Akemi: Lafuente foi preso apenas por ser negro.
Rafael: Se avançarmos para os dias atuais, há uma clara continuidade na luta antirracista. A mensagem é representativa de uma missão que une comunicadores negros do passado e do presente:
Akemi: A de não se calar diante da intimidação, da violação de direitos e de ameaças à liberdade.
Rafael: Vamos tratar dos veículos atuais no último episódio da série. Agora, voltando ao O Homem de Cor, os primeiros capítulos da imprensa negra no Brasil podem ser contados a partir da trajetória de Francisco de Paula Brito, um homem negro que nasceu em 1809 no Rio de Janeiro. Quando jovem, aprendeu a arte gráfica na Tipografia Imperial e Nacional, chamada anteriormente de Impressão Régia, e fez carreira também como compositor, diretor das prensas, redator, tradutor e contista.
Ele foi o primeiro editor de Machado de Assis, o maior nome da literatura brasileira, e editor do jornal O Homem de Cor, que a partir do terceiro número recebeu também o nome de O Mulato. Impresso na Tipografia Fluminense de Paula Brito, da qual era proprietário, o jornal teve apenas cinco edições, mas abriu as portas para todos os que viriam depois.
Thais Bernardes: Às vezes as pessoas falam assim,“ah, mas o que você faz, você é uma pioneira”, todo mundo fica falando. Não, não, eu só tô fazendo o que já era feito. O jornalismo que eu faço é o Jornalismo do homem de cor, é o Jornalismo do Mulato, mas cada um dentro do seu tempo, assim sabe, dentro do seu século e da sua era, assim, mas o que eu faço os meus já fazem há muito tempo.
Rafael: Aqui, a Thaís Bernardes, do portal Notícia Preta, confirmando o que dissemos.
Sobe som 🎶
De volta ao pioneiro, a escravidão ainda vigorava no país, mas não foi tema do jornal. O foco de O Homem de Cor era denunciar a discriminação racial contra pessoas negras livres.
Durante o ano de 1833, uma das principais bandeiras d’o Mulato foi a de atacar as dificuldades impostas aos negros para conseguir cargos públicos civis, políticos e militares. Naquele mesmo ano, entre setembro e novembro, outros periódicos desse segmento surgiriam inspirados por ele:
Fabiana: Brasileiro Pardo, O Cabrito, O Crioulinho, O Lafuente.
Som de tilintar de sinos 🎶
Akemi: Lembra do Lafuente? É o homem preso injustamente, só por ser negro, caso que o jornal O Mulato denunciava.
Rafael: Após esse início, demorariam 43 anos até que uma nova manifestação da imprensa negra surgisse. Foi apenas em 1876, no Recife, que começou a circular o jornal O Homem. Pouco depois será a vez de São Paulo, com A Pátria e O Progresso, ambos em 1899, e de Porto Alegre, com O Exemplo, de 1892. O periódico gaúcho teria a maior duração até ali da imprensa negra, sendo encerrado em 1930, por problemas financeiros. Ao longo do século 20, o número de veículos da imprensa negra se multiplicou.
Fabiana: Rio Grande do Sul, 1907: A Alvorada; 1924: A Tesoura; 1925: A Revolta; 1929: O Tagarela.
Minas Gerais, 1904: A Verdade; 1935: Raça.
São Paulo, 1915: O Menelick; 1916: O Xauter e A Rua; 1918: O Bandeirante e O Alfinete; 1919: A Liberdade; 1920: A Sentinela; 1922: Kosmos; 1924: Clarim d’Alvorada e Elite; 1928: Progresso; 1933: A Voz da Raça.
Rafael: A Voz da Raça era publicado pela Frente Negra Brasileira, principal organização negra do país no período, que durou de 1931 a 1937. Outros títulos continuaram surgindo.
Sobe som 🎶
Rafael: A maioria das publicações teve vida curta. Em alguns casos, foram poucas edições, não indo além do primeiro ano de vida. Thaís Bernardes explica que o principal problema é a falta de financiamento, uma constante até os dias atuais.
Thais Bernardes: Pessoas negras que fazem jornalismo isso sempre existiu. A diferença que não é diferença, na verdade. Mas, talvez o lugar onde os meus estavam seja o mesmo lugar que eu estou hoje. A maioria desses jornais eles não perpetuaram pelo mesmo ponto que eu posso falir mês que vem. Se chama capital. Se chama dinheiro. Então, a gente vive numa sociedade capitalista e que a gente precisa de poder e poder também é financeiro.
Sobe som 🎶
Rafael: Os custos para publicar um jornal, ou um site de notícias, eram e ainda são altos. Nesses periódicos históricos, geralmente os editores e ativistas dividiam os custos. Alguns tinham vínculo com associações do movimento negro, outros conseguiam verba com publicidade e tinha os que dependiam de assinaturas. Outro problema recorrente são as crises econômicas, que diminuem os leitores. Além disso, de tempos em tempos, essas publicações sofriam ataques em momentos de crise política ou ditadura e acabavam empasteladas.
Som de tilintar de sinos 🎶
Akemi: Empastelar é o termo usado quando ocorre uma intervenção violenta nas gráficas ou redações, com a destruição dos equipamentos dos jornalistas para impor o silêncio.
Rafael: Com o fim da ditadura militar no Brasil, se destacariam jornais organizados por pessoas que passaram pelo Movimento Negro Unificado, o MNU, fundado em 1978. As pautas centrais eram a desconstrução do “mito da democracia racial” e a denúncia do racismo estrutural.
Sobe som 🎶
Nos próximos episódios, vamos conhecer algumas dessas publicações da imprensa negra brasileira ao longo da história.
Sobe som 🎶
CRÉDITOS
Akemi: Esse foi o primeiro episódio do podcast Imprensa Negra no Brasil, produzido pela Radioagência Nacional, que teve produção, apuração e narração de Rafael Cardoso. Ele também assina três reportagens especiais para a Agência Brasil, sobre os 190 anos da Imprensa Negra no Brasil.
Rafael: A adaptação, roteiro e montagem são de Akemi Nitahara. Ela também participou da locução das explicações.
A coordenação de processos e edição são de Beatriz Arcoverde e Pollyane Marques
A locução dos textos históricos foi feita por Dilson Santa Fé e a dos nomes dos periódicos por Fabiana Sampaio.
Gravação de Tony Godoy e equipe da EBC.
Identidade sonora e sonoplastia de Jailton Sodré.
Liliane Farias e Raíssa Saraiva são responsáveis pela estratégia de publicação e distribuição nas redes sociais
A identidade visual e design foram feitos por Caroline Ramos
Implementação na Web: Beatriz Arcoverde e Lincoln Araújo
Interpretação em Libras: Claudia Jacob
Direção de vídeo:
Captação de imagem:
Montagem da versão em vídeo: Felipe Leite e Fernando Miranda
No segundo episódio, você vai conhecer um pouco do trabalho de Abdias Nascimento e o jornal Quilombo. Continue nos acompanhando aqui na Radioagência Nacional, pelas plataformas de áudio e com interpretação em Libras pelo Youtube.
[MÚSICA DE ENCERRAMENTO]🎶
Produção, reportagem e narração | Rafael Cardoso |
Adaptação, roteiro, montagem e locução | Akemi Nitahara |
Edição e pós-produção: | Pollyane Marques e Beatriz Arcoverde |
Identidade sonora e sonoplastia: | Jailton Sodré |
Operação de áudio: | Antony Godoy e equipe da EBC |
Coordenação de processos: | Pollyane Marques e Beatriz Arcoverde |
Estratégia de publicação e distribuição nas redes sociais: | Liliane Farias e Raíssa Saraiva |
Identidade visual e design: | Caroline Ramos |
Implementação na Web: | Beatriz Arcoverde e Lincoln Araújo |
Interpretação em Libras: | Claudia Jacob |
Montagem da versão em vídeo: | Felipe Leite e Fernando Miranda |