Cúpula Social do Mercosul tem apelo por integração em direitos humanos
Depois de sete anos, a Cúpula Social do Mercosul foi retomada de forma presencial nesta segunda-feira (4). Na abertura do evento, realizada no Museu do Amanhã, na região portuária do Rio de Janeiro, representantes de governo, da sociedade civil e do Parlamento do Mercosul destacaram a importância da participação social no debate e na construção da agenda política do bloco econômico formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, que está suspensa.
Nos dois dias de Cúpula Social, vão ser tratados temas como equidade de raça e gênero, direitos humanos, desenvolvimento sustentável, educação e trabalho.
A representante da sociedade civil do comitê organizador, Verônica Ferreira, lembrou que a Cúpula foi organizada em tempo recorde, a partir do seminário realizado em outubro, quando foram apontadas as propostas que já circularam no passado e serviram de base para a formulação da agenda da Cúpula Social. Ela destaca que a retomada da agenda social precisa avançar.
A embaixadora Gisela Padovan, do Ministério das Relações Exteriores, afirmou que o comércio entre os países do bloco cresceu 10 vezes desde que o Mercosul foi criado, e destacou o impacto social da relação econômica.
Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, lembrou que a promoção da igualdade racial é, também, um tema econômico.
Com uma mesa de abertura majoritariamente feminina, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, ressaltou o desafio de discutir a misoginia, o ódio contra as mulheres.
Os debates na Cúpula Social seguem até esta terça-feira, e os resultados vão ser encaminhados para discussão durante o encontro dos chefes de Estado, que reúne os presidentes dos países do Mercosul e será realizado no dia 7 de dezembro.