A região norte de Roraima é porta de entrada de venezuelanos no Brasil que tiveram que sair do seu país para buscar alternativas de sobrevivência. Foi o que aconteceu com Misleide Henrique.
Mas o processo migratório se estende para além da mudança geográfica, como explica a Fabrício Pelicelli, presidente da Associação Voluntários para o Serviço Internacional (AVSI).
Na capital Boa Vista e na cidade de Pacaraima há 6 abrigos geridos pela Associação Voluntários para o Serviço Internacional e pouco mais de 5,8 mil venezuelanos. Há outros centros de acolhimento no país e um desses está em Brasília. A irmã cogestora da Casa Bom Samaritano conta como eles são atendidos.
As venezuelanas Iadete e Misleide Henrique contam como a vida mudou desde que vieram pra cá.
Um estudo apresentado pela AVSI mostra a integração socioeconômica de venezuelanos por aqui. A partir de observação de famílias no projeto, acolhidos por meio do trabalho. Eles estão em 43 municípios e são uma parte dos 425 mil venezuelanos que moram em 930 cidades de todo o Brasil.
A maioria está em idade ativa para o trabalho. Mais de 65% dos que estão interiorizados têm carteira de trabalho assinada. A renda familiar média dos que foram absorvidos no mercado brasileiro é de R$ 3,212 mil. A renda das pessoas que não foram interiorizadas é de R$621.
Segundo Berta Macaron, diretora da Polis Pesquisa, é alto índice de empregabilidade dos venezuelanos no Brasil.
De acordo com a Associação Voluntários para o Serviço Internacional, os venezuelanos que entraram no Brasil sem regularização, tem mais dificuldade de encontrar trabalho e precisam de ajuda das associações da sociedade civil para se estabilizar no país.