O Estado brasileiro pediu desculpas aos indígenas Krenak e Guarani Kaiowá por perseguições na ditadura militar e concedeu as primeiras reparações coletivas da história.
O julgamento foi realizado pela Comissão de Anistia nesta terça-feira (2), em Brasília.
O colegiado aceitou os pedidos de reparação, que haviam sido negados pelo governo anterior.
De joelhos, a presidente da comissão, Eneá de Stutz e Almeida, pediu perdão.
A liderança e matriarca do povo Krenak, Djanira Krenak, lembrou do sofrimento que seu povo passou naquela época.
Já o cacique Tito Vilhalva, ancião Guarani Kaiowá, cobrou a demarcação das terras indígenas.
Após conceder a anistia política coletiva, a comissão vai encaminhar para os órgãos dos Três Poderes recomendações que incluem demarcação de terras e reunião dos povos indígenas.