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Direitos Humanos

Pobreza e extrema pobreza recuam no Brasil em 2023

Bolsa Família é um dos responsáveis pela melhoria nos índices
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Solimar Luz* - repórter da Rádio Nacional
24/04/2024 - 13:50
Rio de Janeiro
Pobreza e desemprego na América Latina  dificultam efetivação da Agenda 2030
© Arquivo/Agência Brasil

A taxa de pobreza no Brasil caiu em 25 estados e no Distrito Federal em 2023, atingindo seu menor nível desde o início da série histórica em 2012. O índice nacional passou de aproximadamente 32% em 2022 para 27,5% no ano seguinte.

As informações têm como base o levantamento sobre rendimentos, divulgado semana passada pelo IBGE.

Entre os estados onde esse quadro de situação de pobreza e pobreza extrema recuou no período avaliado está o Espírito Santo.

Com base nos dados do IBGE, o estudo realizado pelo Instituto Jones dos Santos Neves, que tem como finalidade produzir conhecimento e subsidiar políticas públicas voltados ao desenvolvimento socioeconômico do estado, aponta que a taxa de pobreza alcançou 22,8%, no ano passado. Já em relação à extrema pobreza, a taxa ficou em cerca de 3%.  

O diretor-geral do Instituto capixaba, Pablo Lira, explica que, de maneira geral, a queda dos índices evidencia o desenvolvimento de um trabalho conjunto e melhoria no ambiente econômico e social do país.

“Vale a gente destacar alguns fatores associados a essa redução. O aspecto do Bolsa Família. Além desse fator, a gente pode citar, integração das políticas ligadas ao sistema único de assistência social e índices macroeconômicos do Brasil. O Brasil, no ano de 2023, registrou um crescimento considerável do PIB, combinado com esse crescimento, alcançou recorde na geração de emprego”.  

No caso específico do Espírito Santo, ele afirma que a geração de emprego e ampliação da renda contribuíram para que o estado alcançasse as menores taxas de pobreza e extrema pobreza.

“A gente pode citar o programa Bolsa Capixaba, que é uma política de transferência condicionada de renda, focalizada pra reduzir extrema pobreza. E essa política vem contribuindo, somando esforços com a política do governo federal, para reduzir a extrema pobreza, e pobreza também, no estado do Espírito Santo”.

Diante desses resultados, o diretor-geral do Instituto Jones dos Santos Neves avalia que 2024 deve manter a tendência de queda nessas taxas.

“Olhando a tendência de redução dos índices de pobreza, o crescimento econômico do  Brasil, previsto inclusive pelo mercado, redução do desemprego e geração de renda, tudo indica que o Brasil vai conseguir alcançar redução das taxas de pobreza em 2024 e, provavelmente nos próximos anos, seguindo essa tendência com redução dos indicadores de pobreza e extrema pobreza”.

É considerada em situação de pobreza, uma pessoa que vive com até R$ 664, por mês, e em extrema pobreza aquela cuja renda fica abaixo de R$ 208.

* Com produção de Salete Sobreira  

 

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