Nesta edição, o Viva Maria celebra o Dia Internacional da Igualdade Feminina. Essa data tem origem na 19ª emenda da Constituição Americana, aprovada em 18 de agosto de 1920. Em tempos de eleições, tanto lá nos Estados Unidos quanto aqui em nosso país, este 26 de agosto nos dá a oportunidade de discutirmos ações efetivas para o alcance da igualdade de gênero, seja na política, seja principalmente nas relações de poder.
E não custa lembrar também que, segundo o relatório global de desigualdade de gênero do Fórum Econômico Mundial, serão necessários 130 anos para que alcancemos a igualdade de gênero em 146 países, analisando quatro dimensões principais: participação econômica e oportunidade, nível de educação, saúde e sobrevivência e empoderamento político. Nesse ranking, lá está o nosso Brasil, que, felizmente, saiu daquela posição pouco honrosa de número 94, que ostentava em 2022, para 57 no ano passado. São 40 posições a mais no ranking da igualdade de gênero.
No entanto, sabemos que, em nosso país, ainda há grande disparidade de gênero na participação econômica e mais ainda na política. Apesar de sermos a maioria da população brasileira e as principais responsáveis como chefe das famílias, também sofremos muito com a desigualdade no acesso a postos de trabalho, principalmente no chamado mercado informal. Embora saibamos que nenhum de nós estará vivo em 2154, não custa nada aproveitarmos este Dia Internacional da Igualdade da Mulher para comemorarmos uma conquista das brasileiras que começa a fazer diferença. Falo da lei de igualdade salarial entre homens e mulheres.
E agora cabe à socióloga Jaqueline Pitanguy analisar a cultura que o poder masculino exerce no mundo. Ela, que, inclusive, descobriu-se feminista a partir de uma pesquisa sobre as desigualdades impostas às mulheres no mundo do trabalho. Você pode conferir a entrevista no player acima.