Tuíre Kayapó faleceu no sábado (10/08) aos 57 anos, após enfrentar um câncer de colo de útero. Ela se notabilizou em 1989, durante uma audiência em Altamira (PA) sobre a construção da hidrelétrica de Belo Monte. O presidente da Eletronorte na época, José Antônio Muniz, fazia sua fala, quando Tuíre, então com apenas 19 anos, se aproximou e encostou um facão no rosto do homem. A imagem virou um símbolo da resistência contra o avanço de projetos econômicos que colocam em risco a preservação das florestas e do modo de vida tradicional das populações indígenas.
Para relembrar o legado de Tuíre, o Viva Maria conversa com Antônia Melo, do movimento Xingu Vivo. Ela destaca a luta da líder indígena de mais de 30 anos pelos direitos dos povos originários. E comenta também a situação de violência que nunca deixou de afetar essas populações.