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Direitos Humanos

G20 Social: mulheres do W20 divulgam recomendações em Cúpula Final

Encontro é resultado da série de debates "Diálogos Nacionais"
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Carolina Pessoa - repórter da Rádio Nacional
01/10/2024 - 16:46
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro (RJ), 01/10/2024 – Grupo de estudos do W20 e autoridades durante o evento Women 20, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no centro da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
© Tomaz Silva/Agência Brasil

Mulheres de diversas partes do Brasil reuniram-se nesta terça-feira (1) na Cúpula Final do grupo de engajamento de mulheres do G20. O encontro, no Rio de Janeiro, é resultado da série de debates, chamada “Diálogos Nacionais”, iniciativa que passou por vários pontos do país, de março a agosto, para ouvir brasileiras sobre temas prioritários do grupo. Esses debates foram promovidos pelo grupo de engajamento de Mulheres do G20 Social, o W20.

Entre os temas levados à Cúpula Final estiveram gênero e economia, empreendedorismo, combate à violência de gênero, desenvolvimento sustentável e justiça climática.

Ana Fontes, Presidente do W20, ressaltou a importância das mulheres serem cada vez mais ouvidas.

“De uma vez por todas nós queremos que nossas vozes sejam ouvidas. Estamos cansadas de falar, queremos ação. Queremos que os líderes do G20, definitivamente, ouçam as nossas vozes e incorporem as nossas pautas”.

Ela também enfatizou a busca das mulheres por justiça e inclusão.

 “Nós temos uma causa que nos move, uma causa que move essas mulheres a caminhar juntas para uma sociedade mais justa e mais inclusiva, para as minhas filhas, para as suas filhas, para as filhas de todos e para todas as mulheres e meninas”.

A ministra de Igualdade Racial, Anielle Franco, participou dos debates desta terça-feira e chamou a atenção para a grande desigualdade persistente no país, especialmente em relação às brasileiras negras.

“As mulheres negras recebem 47% menos do que a média nacional. As jovens negras têm três vezes mais chance de estarem em situação de desemprego, se comparado a pessoas brancas. A mais recente edição do Atlas da Violência estimou que o número de mulheres assassinadas em 2022 foi de 4.670. Do total de homicídios de mulheres registrado pelo sistema de saúde, as mulheres negras correspondem a 67% das vítimas”.

Ao final do evento, foi divulgado um documento de recomendações. Entre elas, a implementação de ações voltadas para o empoderamento econômico de mulheres, a igualdade de gênero e a identificação de barreiras específicas que elas enfrentam, incluindo as afrodescendentes e indígenas.

 

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