Brasileiros ricos têm mais de um trilhão e meio de reais guardados em paraísos fiscais ao longo do mundo. A pesquisa é do alemão Markus Meinzer, do Tax Justice Network. Foi publicada na rede de notícias da Inglaterra, a BBC de Londres. Em 2012, o Brasil já ocupava o quarto lugar no mundo na questão de dinheiro mandado para fora do país de uma maneira ilegal. Vamos nessa.
O assunto continua atual diante do número de escândalos de corrupção no Brasil, os mais famosos, recentemente, o Mensalão e o Petrolão, como foram apelidados, e recentemente a Operação Zeloti, da Polícia Federal, que investiga desvios na área da Receita Federal. Em todos eles existe dinheiro depositado no estrangeiro e que nem sempre são devolvidos para o Brasil.
Para o diretor da Tax Justice Network quem mais manda dinheiro brasileiro para os paraísos fiscais são os setores de mineração, petróleo, farmacêutico, comunicações e transportes. São os maiores clientes brasileiros nos paraísos fiscais. Na América Latina, além do Brasil, aparecem entre os vinte países que mais desviam o dinheiro para os paraísos fiscais também México, Argentina e Venezuela.
A evasão de dinheiro para paraísos fiscais na verdade é uma praga que atinge inclusive os países mais ricos e cheios de regulamentação. De acordo com o estudo chamado The Price od Offshore, como o paraíso fiscal é chamado em inglês, os ricos do mundo têm depositados, nesses países, geralmente ilhas, mais de 21 trilhões de dólares, o que significa a economia junta dos Estados Unidos e do Japão.
De acordo com o estudo, entre os vinte países que mais desviam dinheiro para os paraísos fiscais estão a China, em primeiro lugar, seguida pela Rússia, Coréia do Sul e, em quarto lugar, o nosso Brasil, com desvio de 520 bilhões de dólares ou, na cotação de hoje, 1 trilhão e meio de reais. No nosso caso, apesar dos controles que deveria ser exercidos pelos bancos, o mais difícil mesmo é a devolução desse dinheiro todo. Operação Lava-Jato, da Petrobras, é um dos exemplos mais recentes.
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