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Economia

Distrito Federal anuncia aumento de tarifas e corte de gastos

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Victor Ribeiro
15/09/2015 - 22:02
Brasília (DF)

A partir de domingo (15), vai ficar mais caro andar de ônibus e metrô no Distrito Federal. As passagens de ônibus que custam R$ 1,50 vão subir para R$ 2,25 centavos. As que custam R$ 2 e R$ 2,50 vão para R$ 3. E as passagens que custam R$ 3 sobem para R$ 4. A tarifa do metrô também vai subir e passará a custar R$ 4 todos os dias, inclusive no fim de semana. Essa é uma das medidas anunciadas pelo GDF, para economizar R$ 1,6 bilhão.

 

A secretária de Planejamento, Leany Lemos, afirma que esse pacote é fundamental para as contas do governo voltarem à normalidade.

 

Sonora: São as medidas que estão sendo encaminhas para a Câmara para que a gente possa fechar o orçamento. Elas são fundamentais para que a gente possa executar com normalidade o serviço. Para que a gente possa manter os serviços essenciais e fazer os pagamentos dos salários em dia”.

 

Outras tarifas públicas também serão reajustadas, como a entrada no Jardim Zoológico, que vai subir de R$ 2 para R$ 10, e a refeição nos restaurantes comunitários, que vai passar de R$ 1 para R$ 3.

 

Os reajustes dos servidores públicos, programados para os meses de setembro e outubro, estão suspensos por tempo indeterminado. Seria a terceira parcela do aumento concedido em 2013. O presidente do sindicato dos Servidores Públicos do DF, André Luiz da Conceição, enfatizou que as categorias encaram a medida como um calote e vão reagir.

 

Sonora: Essa é a menor parcela e, no entanto, o governo anuncia esse calote, porque para nós é um calote. Com certeza vai ter uma grande greve geral aqui em Brasília”.

 

O governador Rodrigo Rollemberg espera que servidores, deputados e a própria população do DF compreendam o momento de dificuldade.

 

Sonora: “Nós não estamos pagando os aumentos por total impossibilidade de fazê-lo. A greve não vai fazer aparecer dinheiro”.

 

O GDF também suspendeu os concursos públicos, inclusive os já autorizados. Os concursos em andamento vão continuar, mas ninguém deve ser convocado por enquanto. Para o secretário de Gestão Administrativa, Alexandre Lopes, somente o sucesso na adoção dessas medidas é capaz de garantir o pagamento dos servidores públicos do DF até o fim do ano.

 

Sonora: “Não é garantido o pagamento até o final do ano, mesmo sem os reajustes. É uma luta mensal. Se a gente conseguir avançar nas economias e conseguir alguma receita extraordinária, a gente vai conseguir fazer o pagamento até o final do ano”.

 

Para aumentar a arrecadação, o governo vai propor à Câmara Legislativa aumento de impostos. O IPTU subirá 10%. Já o ICMS geral vai aumentar de 17% para 18%, mas haverá reajustes específicos para TV por assinatura, comércio eletrônico, bebidas alcoólicas, cigarro e cosméticos.

 

A aprovação do pacote pode demorar mais do que o governo espera. A presidenta da Câmara Legislativa, deputada Celina Leão, informa que as medidas serão analisadas aos poucos.

 

Sonora: “São temas polêmicos. Então, nós vamos ter de discutir item a item. Tem alguns tributos que chegaram aqui à Câmara com itens elevadíssimos. A população não aguenta mais ser quem financia tudo o que aconteceu no Distrito Federal”.

 

Entre as medidas administrativas, estão a redução de 24 para 16 o número de secretarias e de 31 para 24 as administrações regionais. Haverá diminuição da quantidade de cargos comissionados e os salários do governador, dos secretários de Estado e dos administradores regionais também serão reduzidos em 20%. A demissão de servidores públicos concursados está descartada nesse primeiro momento.

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