Bonjour, prezada pessoa ouvinte cidadã.
Continuando a prosa de ontem sobre algumas coisas da chique Paris, na França, onde passamos estes últimos 15 dias. Hoje vamos falar da taxa de 'chômage', desemprego, que, na França, deve fechar o ano nos 9,5% de franceses procurando emprego e não conseguindo. Vamos nessa.
Pois então. Para o ministro do Trabalho da França, essa taxa de 9,5% de desemprego não é aceitável de jeito nenhum, é alta, mas ele lembra que qualquer mudança pode ser possível, 2017, se o crescimento da economia fechar este ano, 2016, nos esperados 1,2% positivos. Uma esperança para os franceses desempregados no momento é a subida de 0,4% negativo para 1 % positivo no setor de construção civil, que emprega muita gente. Melhor ainda acontece nos pedidos de construção de imóveis novos na França. Esses pedidos aumentaram 17% nos últimos três meses.
Mas vamos a mais detalhes sobre as taxas de desemprego concentrado mais em Paris que, além de ser a maior cidade, é a capital da França. Lá, a situação é mais difícil. Começando pelos chomeurs, que são as pessoas de 15 aos 64 anos de idade que estão procurando e não estão conseguindo arrumar emprego. Em Paris, a taxa está nos 12%. No restante da França, cai para 10%. Depois, tem os inativos de Paris. São os estagiários, – 54%, depois os aposentados, que são – 17%, e os que estão sem trabalhar, mas não estão procurando emprego, – 28%. Forma 23% da chamada população economicamente ativa de Paris. Se pegar só os ativos que estão com emprego são 88%.
Os números do desemprego em Paris têm a ver com a crise econômica que a França enfrenta desde o ano de 2013, tanto que as estatísticas oficiais apontam que uma a cada quatro pessoas francesas podem ser consideradas pobres, o que significa 9 milhões de pobres na França. Mas tem o agravante maior. Aliás, como está acontecendo aqui no nosso Brasil. Se pegar o desemprego apenas dos jovens, dos 15 aos 24 anos de idade, a taxa de desemprego, ou seja, dos que estão procurando trabalho sem conseguir, jovens em Paris, sobe para os 20%.
Mais um detalhe do desemprego em Paris antes de fechar a prosa de hoje porque amanhã a gente continua falando justamente sobre o chamado salário mínimo que é pago na França. Por hoje, mais esta. A maior taxa de desemprego em Paris está sendo justamente no setor de turismo, que sempre foi o mais forte empregador. A previsão das autoridades é fechar este ano com 124 mil empregados a menos do que no ano passado, justamente no setor de turismo em Paris.
Au revoir. Então tá. Inté e axé.
*Trocando em Miúdo: Quadro do programa Em Conta, da Rádio Nacional da Amazônia. Aborda temas relacionados a economia e finanças, traduzidos para o cotidiano do cidadão. É distribuído em formato de programete, de segunda a sexta-feira, pela Radioagência Nacional. Acesse aqui as edições anteriores.