Formação profissionalizante não garante vaga no mercado de trabalho

IBGE

Publicado em 23/03/2017 - 13:05 Por Tâmara Freire - Rio de Janeiro

O interesse pela educação profissionalizante profissional existe, mas nem sempre concluir uma formação significa uma colocação no mercado de trabalho. Essa é a principal conclusão do Suplemento Educação e Qualificação Profissional, divulgado nesta quinta-feira (23), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístitca (IBGE).


A publicação mostra que em 2014 cerca de 25% da população brasileira com mais de 15 anos gostaria de fazer algum curso profissionalizante. Entre os jovens, o índice superou 45%.


Mas o interesse nem sempre leva ao inicio de algum curso, seja de qualificação, técnico ou superior tecnológico. A analista do IBGE Marina Águas lista alguns entraves citados pelos entrevistados que desejam a formação mas não conseguem começá-la.


Concluir a formação nem sempre se traduz em conseguir um emprego na área. Entre as pessoas entrevistadas que já haviam concluído um curso técnico, por exemplo, mais de 40% nunca trabalhou na área.


Para um quarto dessas pessoas, o entrave foi a falta de vagas. Outro um quarto acabou conseguindo emprego em outra área.


Orlando Juliace, que tem 22 anos e é técnico em segurança do trabalho, esbarrou em um empecilho que separa muitos jovens do seu primeiro emprego.


Esse índice chega perto de 48% no caso das pessoas que fizeram algum curso de qualificação profissional, mas diminui para 31% entre aquelas que concluíram curso superior de educação tecnológica.


De acordo com os números do IBGE, a grande maioria das pessoas que iniciaram algum desses cursos foi até o final da formação.


A taxa de desistência foi ligeiramente maior entre pessoas pretas e pardas, nas três modalidades, e também entre as mulheres, exceto no caso da faculdade.


Mara Dalila Ribeiro trabalha como auxiliar administrativa, uma função muito distante da sua formação em técnica de automação industrial. Ela não tem nem tempo para lamentar.

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