O ministro da Fazenda repetiu o tom do que vem adotando na defesa da reforma da Previdência. Henrique Meirelles afirmou que a reforma precisa ser feita para equilibrar as contas públicas. E que investimentos em saúde e educação só podem ser mantidos se o país estabilizar os gastos com aposentadorias e pensões.
Sonora: "O fato é que é uma necessidade porque se não nós não vamos equilibrar as contas públicas no Brasil. Não vamos sair da crise. Não vamos conseguir baixar a taxa estrutural dos juros no Brasil. E compete a esta geração de brasileiros enfrentar esse problema".
A proposta apresentada pelo governo propõe mudanças como a ampliação da idade mínima da aposentadoria de homens e mulheres para 65 anos e a elevação do tempo de contribuição para 49 anos para que o trabalhador tenha direito à aposentadoria integral.
A proposta vem encontrando resistência no Congresso Nacional, até mesmo na base aliada do governo, e os deputados tentam negociar mudanças no texto. Segundo o ministro da Fazenda, se a reforma não for aprovada, os gastos com a Previdência estarão consuindo 8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 10 anos. Ele afirmou que as pessoas de renda mais baixa não serão atingidas.
Para Vilson Romero, presidente do Conselho Executivo da Associação Nacional dos Auditores da Receita (Anfip), apenas as pessoas que já têm direitos adquiridos não serão atingidas pela reforma.
Sonora: "Pelo texto apresentado na Proposta de Emenda Constticuional 287, as únicas pessoas que não serão impactadas serão aquelas que já fazem juz a algum benefício ou estão em gozo dele. É a cláusula pétrea da Constituição do direito adquirido. As demais, de uma forma ou outra, serão atingidas porque terão que cumprir novas regras pra aposentadoria ou terão que cumprir novas exigências com benefício assistencial."
Nesta quinta-feira (9), a Anfip foi criticada na sessão da Comissão Especial que analisa a reforma da Previdência por questionar os dados sobre o déficit da Previdência que vêm sendo apresentados pelo governo.
* O áudio foi substituído às 9h30 de 10.03.17 para ampliação de informações