As carnes 'in natura' de cortes dianteiros a serem exportadas aos Estados Unidos devem seguir na forma de recortes, cubos, iscas ou tiras. A determinação é do Ministério da Agricultura e Pecuária.
A medida visa facilitar as negociações para a retomada de venda ao mercado norte-americano. No mês passado, os Estados Unidos suspenderam a importação de carne fresca do Brasil.
O ministério acredita que os problemas comunicados pelo governo norte-americano são decorrentes da vacinação contra a febre aftosa, que poderia causar inflamações.
O secretário-executivo da pasta, Eumar Novacki, garantiu que apenas a aparência fica comprometida e que o produto não oferece nenhum risco à saúde.
O Brasil exporta para os Estados Unidos a parte dianteira do boi inteira, local onde o gado recebe a vacina contra a febre aftosa. Mesmo que não esteja aparente, alguma inflamação pode ser detectada quando a peça é cortada.
Após a Operação Carne Fraca, mercados como os dos Estados Unidos e da Comunidade Europeia determinaram a fiscalização de 100% da carne brasileira.
Ainda neste mês, representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento vão se reunir com autoridades sanitárias dos Estados Unidos, em Washington. O intuito é debater medidas de controle adotadas depois que foram encontrados abscessos na carne bovina 'in natura' exportada ao mercado norte-americano.