O Banco Mundial lançou nesta quarta-feira dois documentos com diagnósticos e propostas para o Brasil aumentar a produtividade na economia e incluir os jovens no mercado de trabalho.
A Instituição Internacional propõe que o país reveja a política do salário mínimo, que considera alto; retire barreiras ao comércio externo; e reduza as isenções fiscais.
O documento do banco elogia a reforma do ensino médio e a trabalhista e critica o que chama de alto e crescente valor do salário mínimo. Para o Banco, a política do salário mínimo, com crescimento acima da inflação, deveria ser revista.
A entidade argumenta que um valor alto e obrigatório de salário prejudica os trabalhadores menos qualificados, que acabam no mercado informal.
O Banco Mundial recomenda ainda uma maior abertura do Brasil para o mercado internacional. Em meio às medidas protecionistas defendidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o diretor do Banco Mundial no Brasil, Martin Raiser, acredita que a abertura comercial pode gerar 6 milhões de empregos no país.
A entidade critica ainda a política de subsídios a setores econômicos que, segundo o banco, somou 4,5% do PIB em 2015. Valor 9 vezes maior do que foi gasto com o Bolsa Família no mesmo ano. Para o Banco, as isenções de impostos para setores específicos desencorajaram a entrada de novas empresas no mercado.
O Banco Mundial sugere ainda que o país faça uma reforma tributária e diminua os impostos sobre consumo, como explicou o diretor da instituição no Brasil.
Sem o aumento da produtividade, o Banco Mundial acredita que o crescimento do Brasil pode ficar limitada a 1,3% em 2030. E caso aumente a produtividade, esse crescimento poderia ser de4,5% ao ano.
O documento do Banco sobre a juventude diz que 25 milhões de jovens brasileiros correm o risco de não se engajarem no mercado, o que representa 52% do total de Jovens. A entidade, neste caso, recomenda investimentos na educação, em especial nos professores.