Inflação de maio sobe 0,4% pressionada pela gasolina e energia elétrica
A inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o mês de maio com alta de 0,4%, pressionada principalmente pelo aumento nos preços da gasolina e energia elétrica. Os itens responderam por 67% da inflação no mês.
O resultado do IPCA de maio é praticamente o dobro do registrado em abril, que foi de 0,22%.
Apesar da alta mais acentuada, o resultado acumulado nos primeiros cinco meses do ano ficou em 1,33%, a menor inflação para o período desde a implantação do Plano Real.
Os dados divulgados nesta sexta-feira (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que a inflação acumulada nos últimos 12 meses teve crescimento de 2,86%, contra 2,76% dos 12 meses imediatamente anteriores.
Em maio do ano passado, a alta no índice foi de 0,31%.
Segundo o economista do IBGE Fernando Gonçalves, já foi possível sentir os efeitos da greve dos caminhoneiros em alguns produtos, principalmente no caso dos alimentos, que registraram aumento de 0,32%, em maio.
De acordo com o economista, como a greve aconteceu na última semana de maio, o impacto poderá ser sentido, também, no índice de junho.
A gasolina, além dos reajustes da Petrobras, que somaram 8% em maio, ainda teve elevação do preço nas bombas em 3,34%.
A energia elétrica subiu 3,53% no mês.
Já os serviços tiveram uma deflação de 0,09%, a maior desde o início da série, em 2012. A queda foi influenciada, principalmente, pelo preço das passagens aéreas, que diminuiu quase 15%, mas também pelo desemprego, que continua alto e freou o consumo das famílias, segundo o economista do IBGE.
O IPCA é a inflação oficial do país e serve de balizamento para o plano de metas fixado pelo Banco Central. Para 2018, a meta foi estipulada em 4,5%.