Petrobras, Banco do Brasil e Caixa não devem ser privatizados neste mandato, diz secretário
Em 2019, R$ 96 bilhões foram gerados com privatizações, concessões e venda de ativos. O valor foi divulgado esta quinta-feira pelo secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar.
O secretário afirmou que a meta do ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciada em janeiro, de levantar US$ 20 bilhões em desestatizações neste ano foi cumprida.
Paulo Guedes, tem defendido a privatização de todas as estatais. Mas nesta quinta, Sallim Mattar afirmou que não estão previstas, para este mandato, as privatizações da Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
“Quero dizer para vocês com absoluta clareza que essas empresas não estão em nosso mandato para privatização”.
O secretário explicou que quando o ministro Paulo Guedes defende a privatização de tudo, é na verdade a privatização do que der para ser privatizado.
“O que o ministro Guedes tem dito, ‘vamos privatizar tudo’, esse tudo é tudo o que for possível. Sempre tem algumas estatais que vão continuar. O que é possível de privatizar? Aquilo que o presidente concordar em privatizar; aquilo que o Congresso concordar; e aquilo que a sociedade concordar em privatizar”.
Defensor das privatizações, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, após encontro com Paulo Guedes no Ministério da Economia, afirmou que esse movimento de desestatização pode crescer.
“Eu acho que o ambiente para privatizar a Petrobras ainda é de muita restrição. Mas você veja, o governo vendeu a BR Distribuidora e não houve manifestação, problema, nada relevante. Então é um movimento que vai crescendo”.
A expectativa do governo é se desfazer de mais 17 empresas, entre elas a Eletrobras, os Correios, a Telebrás, Casa da Moeda, Dataprev, empresa de tecnologia e informações da Previdência, e o Serpro, serviço federal de processamento de dados.