Os dois indicadores que avaliam o mercado de trabalho, apurados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), mostraram em outubro que a recuperação do nível de emprego continua ocorrendo de forma lenta.
De acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira (8), o Indicador Antecedente de Emprego caiu 1,3 ponto e chegou a 85,8 pontos, o menor nível desde maio deste ano e abaixo da média histórica do período iniciado em junho de 2008, quando ficou em 86,9 pontos.
Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), subiu 0,1 ponto em outubro, chegando a 93 pontos. O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto maior o número, pior o resultado.
Em outubro, cinco dos sete componentes do Indicador Antecedente de Emprego contribuíram negativamente para o resultado, com destaque para o Emprego previsto na Indústria, que caiu 4 pontos.
Para o economista da FGV Rodolpho Tobler o resultado reforça a dificuldade de se obter uma reação mais robusta no mercado de trabalho. Ele acredita que nos próximos meses é possível que o indicador retorne ao caminho ascendente, mas ainda sem perspectiva de melhora mais expressiva.
Sobre o Indicador Coincidente de Desemprego, cujo resultado foi influenciado por três das quatro classes de renda familiar, Tobler disse que o avanço em outubro reforça a percepção de que a redução da taxa de desemprego continua ocorrendo de forma lenta e gradual.