A necessidade de financiamento do governo ficou em 478 bilhões de reais em 2018, o que representa uma queda de 12,4 por cento na comparação com 2017, ano que registrou 551 bilhões.
O dado, divulgado nesta quinta-feira (19), faz parte da Pesquisa Estatísticas de Governo 2018, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em parceria com a Secretaria do Tesouro Nacional e o Banco Central.
Segundo o IBGE, o resultado se deve ao crescimento de 8,2 por cento da receita total contra um aumento de 4,2 por cento das despesas nas três esferas de governo.
Pelo lado das receitas, contribuíram para esse desempenho o crescimento da arrecadação com impostos que incidem sobre bens e serviços, propriedade, comércio e transações internacionais, assim como os tributos sobre rendas patrimoniais.
De acordo com o gerente de Administração Pública do IBGE, André Cavalcante, o resultado foi influenciado pelo aumento na alíquota dos combustíveis no segundo semestre de 2017, a desvalorização do câmbio e o incremento das importações no período.
Já as despesas líquidas registraram variação de 2 por cento de 2017 para 2018. Uma desaceleração frente ao crescimento de 11 por cento de 2016 para 2017. O gasto total com as remunerações cresceu 5,2%. Já com os benefícios sociais subiu 1,6% em 2018, bem abaixo do registrado em 2017, como explica o gerente.
A Formação Bruta de Capital Fixo – indicador que mede o volume de investimentos - cresceu em todas as esferas de governo, passando de 80 bilhões em 2017, para quase 94 bilhões em 2018. A variação positiva de 16,9 por cento, foi puxada pelos municípios, que aumentaram em quase 39 por cento os investimentos, enquanto os estados elevaram em 9,4%, e o governo federal, em 6,5%.
