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Economia

Desemprego cai e termina 2019 em 11%, mas informalidade é a maior em 4 anos

IBGE
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Tâmara Freire
31/01/2020 - 16:06
Brasília

O ano de 2019 terminou com uma taxa de desemprego de 11%, abaixo dos 11,6% registrados no mesmo período do ano passado, e também dos 11,8% medidos no trimestre imediatamente anterior.


Já na média de todos os trimestres do ano, a taxa ficou em 11,9%, ainda assim voltando a um patamar abaixo de 12%, depois de dois anos acima dessa proporção.


A queda com relação à média de 2018 foi de 0,4 ponto percentual. Com isso, a média anual de desocupados ficou em 12,6 milhões de pessoas, 215 mil a menos do que em 2018.


Já a população ocupada chegou a 93,4 milhões, um acréscimo de 1,8 milhão. E, pela primeira vez desde 2015, a quantidade de trabalhadores com carteira assinada voltou a crescer, chegando a 33,66 milhões pessoas.


De acordo com a pesquisadora Adriana Beringuy, isso aconteceu porque setores que não estavam contratando voltaram a criar vagas, ainda que timidamente.

 

“Essa melhora do ano de 2019 reflete a contratação de trabalhadores por diversas atividades econômicas. Se antes, em 2017 e 2018, estava muito concentrada na alimentação, no alojamento, naquele bico, no trabalho mais informal, eu entro em 2019 com a permanência dessas atividades, elas ainda estão contratando fortemente, mas eu começo a observar a construção voltando a contratar, a indústria um pouco mais, e outras atividades, como a parte de informação, comunicação e serviços administrativos. E o comércio também”.

 

Mesmo assim, a taxa de informalidade foi a mais alta em quatro anos, alcançando 41,1% de todos os trabalhadores. Essa taxa reúne os empregados sem carteira, os trabalhadores por conta própria e empregadores sem CNPJ, e os trabalhadores familiares auxiliares.


Outro recorde foi alcançado pelos trabalhadores por conta própria de maneira geral, que somaram mais de 24 milhões no ano passado, sendo que mais de 19 milhões desses não estão formalizados.

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