O Produto Interno Bruto brasileiro fechou 2019 com um crescimento de 1,1%. Apesar de ser o terceiro resultado positivo anual consecutivo, a alta foi ligeiramente menor do que nos últimos dois anos, quando o crescimento foi de 1,3%.
O PIB ficou também abaixo da projeção feita pelo governo no início do ano passado, de crescimento de 2,2%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE.
O crescimento nos últimos três anos ainda não superou, segundo o IBGE, as quedas de 2015 e 2016, quando o PIB recuou. O resultado de 2019 representa o mesmo patamar do terceiro trimestre de 2013.
O PIB per capita, ou seja, quanto esse montante representa para cada brasileiro, subiu 0,3%. A coordenadora de contas nacionais do IBGE, Rebeca Palis, explica que o crescimento do consumo das famílias pelo terceiro ano consecutivo é o que tem ancorado o PIB. Ela detalha como o recuo dos serviços da administração pública frearam o crescimento da riqueza nacional.
A atividade de administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social ficou estagnada em 2019. O crescimento total do setor de serviços foi de 1,3% puxado principalmente por atividades de informação e comunicação, atividades imobiliárias, comércio, atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados e transporte, armazenagem e correio.
Na indústria, cujo crescimento foi de 0,5%, a construção voltou a crescer depois de cinco anos de queda. O crescimento da construção foi de 1,6%, o que acabou auxiliando no desempenho de outra atividade – a de eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos, que cresceu 1,9% em relação a 2018. As indústrias extrativas mantiveram resultado negativo, com queda de 1,1% e as Indústrias de transformação, que haviam crescido mais em 2018, ficaram estáveis em 2019.
A agropecuária também cresceu 1,3%. Os melhores desempenhos foram das culturas de milho, algodão, laranja e feijão, além das carnes por conta do estreitamento do comércio com a China.
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços caíram 2,5%, enquanto as Importações avançaram 1,1%. O consumo do governo recuou 0,4%.