O comércio varejista brasileiro registrou queda de 1% no volume de vendas em janeiro deste ano, na comparação com dezembro de 2019, acumulando dois meses negativos seguidos. A Pesquisa Mensal de Comércio divulgada nesta terça-feira (24), pelo IBGE mostra que foi o recuo mais intenso para janeiro desde 2016, quando o setor registrou -2,6%.
Em relação a janeiro do ano passado, as vendas aumentaram 1,3%, mas, segundo o IBGE, o ritmo de crescimento vem perdendo força a cada ano, já que a taxa permanece 5,4% abaixo do nível recorde alcançado em outubro de 2014.
O instituto destaca que a pesquisa ainda não contabiliza os impactos provocados pela pandemia do novo coronavírus. Das oito atividades pesquisadas, cinco tiveram queda em janeiro, na comparação com dezembro, o que segundo o IBGE é natural por conta do rescaldo de datas comerciais do fim do ano, como a Black Friday e o Natal.
As maiores contribuições foram de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e combustíveis e lubrificantes. As outras atividades com resultado negativo foram móveis e eletrodomésticos, equipamentos e material para escritório, informática e comunicação e outros artigos de uso pessoal e doméstico.
As atividades que tiveram resultados positivos em relação a dezembro foram tecidos, vestuário e calçados, livros, jornais, revistas e papelaria e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos.
O recuo nas vendas em janeiro, na comparação com dezembro, ocorreu em 16 das 27 unidades da federação, com destaques para o Amapá, Bahia e Tocantins. Por outro lado, entre as 11 altas registradas no mês, as maiores foram em Rondônia, Roraima e Acre.
Já o comércio varejista ampliado, que inclui veículos e material de construção, teve alta de 0,6% após dois meses de recuos consecutivos. Em relação a janeiro do ano passado, a alta foi mais intensa, de 3,5%, a décima taxa positiva seguida.