O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado como referência para o reajuste dos contratos de aluguel, recuou para 0,80% em abril deste ano, depois de registrar inflação de 1,24% em março. Com isso, o índice acumula altas de 2,50% no ano e de 6,68% em 12 meses, conforme divulgou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (29).
A queda na taxa de abril foi puxada pelos preços no atacado e na construção. O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que pesa 60% na composição do IGP-M, e mede o atacado, registrou inflação de 1,12% em abril, abaixo do 1,76% de março. Enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção, que contribui com 10% na composição do indicador, passou de 0,38%, em março, para 0,18% em abril.
Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor, responsável por 30% do IGP-M, e que mede o varejo, teve leve alta, ao passar de 0,12% em março para 0,13% em abril, por causa dos reajustes nos preços dos alimentos.
Para o economista e coordenador do IPC, da Fundação Getulio Vargas, André Braz, a tendência é de queda nos indicadores inflacionários, porque o país está passando por uma incerteza doméstica, com o desafio de fazer a economia retomar seu fôlego, o que limita o repasse inflacionário.
Sobre a alta nos preços dos alimentos, Braz acredita que não vai ser suficiente para fazer a inflação subir muito, já que outros itens que pressionam o custo de vida, como remédios, energia elétrica, transportes e educação estão sem previsão de reajustes a curto prazo.