A Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA) afirmou nesta quinta-feira, em coletiva à imprensa, que a pandemia do coronavírus afetou o setor de aviação de maneira global, como nenhuma outra crise havia afetado.
A América Latina vinha crescendo por 16 anos de forma consecutiva e, em 2019, transportou mais de 300 milhões de passageiros. O mercado doméstico havia registrado crescimento de 6,6% na América Latina, sendo 3% no Brasil, em fevereiro deste ano.
Em março, por causa do coronavírus, o setor registrou uma redução de 21% do mercado doméstico e 29% do internacional, com o número de passageiros caindo de 38 milhões, em março de 2019, para 28 milhões, em 2020. A perda da receita pode alcançar US$ 18 bilhões.
A crise afeta diretamente o setor dO turismo, que no Brasil movimenta 8% do PIB, gerando cerca de 7 milhões de empregos. Em toda a América Latina, o setor gera 19 milhões de ocupações. E em abril, os números tendem a piorar, já que a maior parte dos países estão praticando o isolamento. O diretor-executivo da ALTA, o brasileiro Luís Felipe de Oliveira, fala sobre a importância do setor no país.
"O Brasil foi um dos primeiros países que reagiu à crise de maneira um pouco mais efetiva, até pela importância que a aviação tem no país. O Brasil representa hoje 40% do mercado de toda a região, e é um dos maiores mercados domésticos do mundo, com expectativa de crescimento enorme".
A Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo propõe uma série de medidas para os governos apoiarem o setor, como a flexibilização de direitos trabalhistas, suspensão de taxas e impostos, e linhas de crédito para socorro às companhias. Luís Felipe de Oliveira afirma que o governo brasileiro já tomou algumas medidas para ajudar o setor.
O governo federal editou uma Medida Provisória em março para socorrer as empresas. A medida amplia prazos para pagamento de impostos até dezembro de 2020, além de permitir o cancelamento das passagens com a transformação do valor em crédito, e ampliando o ressarcimento das passagens para um ano.
A Associação considera que a recuperação do setor será lenta, e que o crescimento deve começar a ser retomado apenas em 2022, e estima que, se os governos dos países não apoiarem o setor, as empresas só terão caixa para sobreviver por mais oito meses.
![REUTERS/China Daily/Proibida reproduçao Homem usando máscara de proteção trabalha numa usina siderúrgica. 2/3/2020. China Daily via REUTERS](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Coredec/Santa Catarina. Santa Catarina 07/12/2024 Chuva intensa em Santa Catarina causa alagamentos e inundações em diversas regiões. Foto: Coredec/Santa Catarina.](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Tânia Rêgo/Agência Brasil Cristo Redentor completa 90 anos.](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Logo da Radioagência Nacional](https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/themes/agenciabrasil_v3/images/thumb_rdag_small.webp?sno5qi)
![Arquivo/Valter Campanato/Agência Brasil Roberto Jefferson fala à imprensa no Palácio do Planalto](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Marcelo Camargo/Agência Brasil Brasília (DF) 15/03/2024 – A partir de hoje (15) de março, parte da liquidação interbancária da cobrança do documento será feita no mesmo dia do pagamento
A novidade é mais um projeto de modernização feito pelo setor bancário na modalidade de boletos, que englobará 136 bancos e será mandatória. Com a mudança, se o cliente pagar o boleto até *às 13h30, o cobrador poderá receber o dinheiro no mesmo dia, dependendo do contrato que ele tenha com a sua instituição financeira. Se o pagamento for feito após *às 13h30, a liquidação ocorrerá no dia seguinte.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)