Venda de veículos novos deve recuar 40% em 2020, estima associação de fabricantes
As concessionárias reabriram as portas nesta sexta-feira, em São Paulo, com atendimento limitado a 4 horas por dia. Mas, apesar desse sinal de retomada, a indústria automotiva já caminha para o pior trimestre da história.
Algumas montadoras já tinham voltado às atividades no mês passado, ainda que num ritmo lento. E o resultado veio na produção: queda de 84% na comparação com maio de 2019. Apenas 43 mil unidades produzidas.
O mês de maio foi também o pior para a venda de veículos desde mil 992. Apenas 62 mil unidades foram comercializadas. Na prática, é como se o setor tivesse perdido dois meses de vendas por conta da pandemia.
E as fábricas têm ainda cem dias de estoques. Com isso, o setor revisou para baixo a projeção de vendas para o ano de 2020: a estimativa, que era de crescimento de mais de 9%, agora é de queda de 40%. É o que explica o presidente da Anfavea, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos, Luiz Carlos Moraes.
Nas exportações, um tombo ainda maior: o setor não registrava um maio tão ruim desde 1978. Os embarques para fora somaram 3,9 mil veículos, um recuo de mais de 90% frente ao mesmo período do ano passado.