Após julgamento pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) do dissídio coletivo dos Correios, cerca de 93% dos empregados voltaram ao trabalho nesta terça-feira (22), segundo a empresa.
O TST considerou a greve dos trabalhadores como legítima, mas previu uma multa diária de R$ 100 mil aos sindicatos se não ocorresse o retorno ao trabalho hoje.
O tribunal garantiu o reajuste de 2,6% nos salários dos trabalhadores, a manutenção de 29 cláusulas sociais, e incluiu outras propostas pela empresa. 50 cláusulas foram cortadas do acordo coletivo.
A Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect) orientou os sindicatos a retomarem o trabalho após a realização de assembleia. Para ela, a decisão causa um empobrecimento dos trabalhadores e atinge a dignidade da categoria com a retirada de direitos.
A empresa afirmou que, com a compensação de parte dos dias parados, determinado pelo TST, será ampliada a capacidade operacional e normalizado o fluxo de entregas.
Os Correios afirmaram que continuam com a missão de sanear as suas finanças, preservando empregos e os direitos previstos na CLT.
A Federação dos Trabalhadores ainda afirmou que a decisão deixou claro o alinhamento do judiciário com as políticas de retirada de direitos, e que vai recorrer da decisão do TST em todas as esferas possíveis.