Bolos, biscoitos, pães, sorvete… São muitas as delícias feitas com a amêndoa e outros subprodutos do babaçu. No destaque da produção, está o conhecimento tradicional das quebradeiras de coco.
O trabalho desenvolvido por essas mulheres não é apenas uma fonte de renda. Também representa a valorização da identidade sociocultural de povos e comunidades e o uso sustentável da floresta, com foco na preservação das palmeiras.
Com a pandemia do novo coronavírus, a produção de grupos organizados de quebradeiras de coco sofreu grande impacto. No Maranhão, projetos que estavam previstos para serem concluídos este ano pela Embraba Cocais, por exemplo, tiveram de ser adiados.
Por outro lado, o cenário trouxe a essas mulheres uma necessidade de reflexão sobre uma nova forma de se organizar. É o que conta a pesquisadora Guilhermina Caires, da área de agricultura familiar e desenvolvimento sustentável da Embrapa Cocais.
Como parte de um dos projetos da Embrapa Cocais, este mês foram apresentados na comunidade quilombola Pedrinhas, no município maranhense de Itapecuru Mirim, novas formulações com subprodutos do babaçu.
A quebradeira de coco Roselma Licar coordena uma agroindústria comunitária onde são produzidos os alimentos. Ela destaca a superação das dificuldades diante da pandemia.
Os projetos com as quebradeiras de coco no Maranhão são desenvolvidos desde 2018 e têm parceria com o Fundo Global para o Meio Ambiente e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Durante a pandemia, a maior parte dos encontros e cursos está sendo realizada de forma virtual.