Registro de MEIs tem alta acentuada na pandemia
O país registrou em setembro um crescimento de 252 mil empresas em relação a agosto.
Cerca de 99,65% das empresas abertas no período foram de microempreendedores individuais, as MEIs.
Os dados de setembro seguem uma tendência observada no semestre, que é de crescimento na criação de MEIs, mesmo na pandemia.
Um dos setores em que se observou mais crescimento é o de fornecimento de alimentos preparados para consumo domiciliar. Um crescimento de mais de 69%, comparando os meses de maio e agosto deste ano com os do ano passado.
Um dos empreendedores desse ramo é Leonardo Miessler Carvalho, que deve entrar na estatística em breve, porque ainda não se formalizou, mas pretende fazer isso logo. Formado em turismo, trabalhava em grandes eventos esportivos.
Mas, com a pandemia, ele se viu perdendo suas principais fontes de renda. Por ter talentos culinários, Leonardo Miessler começou, no mês passado, a vender doces, salgados e manteiga caseira, feitos por ele mesmo. E conta que tem tido ajuda do namorado, que mora no centro da capital, e de amigos e parentes de Campinas, no interior de São Paulo, na divulgação de seus produtos.
Ainda segundo o mapa de empresas do governo federal, o tempo médio para um empreendedor se formalizar no país é de 2 dias e 21 horas. No estado de São Paulo, onde Leonardo faz o negócio, o tempo médio é de 2 dias e 12 horas. O objetivo desse mapa é incentivar estados e municípios a desburocratizarem os processos de abertura de empresas. No total, há mais de 19 milhões de empresas ativas no país.