Taxa de desemprego chega a 14,1% em outubro, segundo IBGE
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A taxa de desemprego chegou a 14,1%, em outubro, segundo dados da Pnad Covid, divulgada nesta terça-feira (1) pelo IBGE. Com isso, o Brasil encerrou o décimo mês do ano com um contingente de 13,8 milhões de desempregados. Em relação a maio, são cerca de 3,6 milhões de pessoas a mais, um salto de quase 36% em seis meses. Frente a setembro, a alta ficou em 2,1%.
Ainda assim, o levantamento revela um aumento na força de trabalho, ou seja, na população apta a trabalhar, que chegou a 97,9 milhões em outubro, alta de 1,5 % frente a setembro e de 3,6 por cento na comparação com maio.
Já o número de pessoas fora da força de trabalho ficou em 72,7 milhões, o que significa uma redução de 1,9% em relação ao mês anterior e de 3,5% se comparado a maio.
Entre os fatores que contribuíram para a alta no desemprego, a coordenadora do estudo do IBGE, Maria Lúcia Vieira, destaca a flexibilização das medidas de isolamento social, impostas para conter a disseminação do coronavírus. A pesquisadora ressalta, ainda, que o aumento na procura por trabalho é um movimento natural do segundo semestre.
A pesquisa mostrou que cerca de 9,7 milhões de brasileiros não seguiram qualquer medida de restrição contra a covid em outubro. Segundo a pesquisadora, o número representa 4,6% do total da população e um aumento de 1,6 ponto percentual em relação ao mês anterior.
Outro dado que indica a queda do distanciamento social é o percentual de pessoas que estavam afastadas do local de trabalho. Em outubro, eles representavam 2,8%, enquanto em maio essa parcela era de 18,6%.
O estudo também analisou os números relacionados aos testes para diagnósticos da covid-19. Até outubro, 25,7 milhões de pessoas, ou 12,1% da população, fizeram algum teste para saber se estavam infectadas. Até setembro, o contingente era de 21,9 milhões.
Entre os testados, 5,7 milhões tiveram resultado positivo no mês analisado.