Conta de luz desacelera inflação em janeiro, que fica em 0,25%
Após quatro meses de altas escalonadas, a inflação desacelerou em janeiro, saindo de um pico de 1,35% para um avanço de 0,25%. No entanto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, medido pelo IBGE, acumula alta de 4,56% nos últimos 12 meses.
Mais uma vez, os alimentos e bebidas pesaram no bolso do brasileiro. Mesmo com uma alta menos intensa do que a registrada em dezembro, eles subiram 1,02% em janeiro, apresentando a maior variação entre os grupos de produtos e serviços, e dando a principal contribuição para o índice geral.
E alguns produtos bastante presentes na mesa das famílias registraram altas significativas, como explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
Com isso, o tomate e a cebola já ficaram 40% mais caros nos últimos 12 meses. No caso da batata inglesa, esse acumulo chega a 67% no período. O óleo de soja, mesmo caindo cerca de 1% em janeiro, praticamente dobrou de preço de um ano pra cá.
As carnes também tiveram um ligeiro recuo de 0,08%, mas que não compensou a alta de 3,58% registrada em dezembro. Por outro lado, a mudança da bandeira nas contas de energia elétrica, da vermelha para a amarela, baixou as tarifas em 5,60%, e esse foi o grande responsável por segurar o IPCA de janeiro.
O IBGE destaca, ainda, que o custo dos Transportes, grupo com o segundo maior peso no índice, desacelerou de 1,36% para 0,41%. Esse resultado se deve à queda de quase 20% nas passagens aéreas, compensada em parte pelo aumento de 2,13% nos combustíveis.