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Economia

Pandemia afeta mercado de trabalho para mulheres da América Latina

Segundo estudo, 118 milhões de mulheres estão em situação de pobreza
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Maíra Heinen
10/02/2021 - 14:31
Brasília
trabalhadoras, Linha de produção de eletro eletrônicos da Semp Toshiba. Chão de fábrica, Indústria.

Manaus (AM) 27.10.2010 - Foto: José Paulo Lacerda
© José Paulo Lacerda/CNI/Direitos reservados
A pandemia trouxe um retrocesso de 10 anos na participação das mulheres no mercado de trabalho na América Latina. É o que indica um estudo apresentado pela CEPAL - Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe - organismo das Nações Unidas. O documento aborda os efeitos da pandemia sobre o emprego e a renda das mulheres e propõe ações para a igualdade de gênero na recuperação.

Como efeito direto da pandemia, o relatório aponta que em 2020, 118 milhões de mulheres estavam em situação de pobreza; 23 milhões a mais que em 2019. Além do aumento do desemprego, as mulheres se viram com uma sobrecarga de trabalho doméstico três vezes maior que a de homens.

Entre as propostas para a retomada de uma economia com maior inclusão feminina, a Secretária-executiva da Cepal, Alícia Bárcena, destaca a necessidade de garantir às mulheres o acesso à internet, e de se manter os direitos trabalhistas no contexto de teletrabalho.

O estudo também mostra que as mulheres representam 73,2% dos trabalhadores em linha de frente no combate à covid-19, mas são as que ganham menos e as que menos ocupam lugares de direção e decisão. E aponta ainda a necessidade de um pacto fiscal com igualdade de gênero que dê oportunidades iguais de acesso a empregos para as mulheres.

 

 

 
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