A confiança do comerciante brasileiro na economia sofreu em abril mais uma queda, desta vez de 6,4%, atingindo 95,7 pontos. Essa é a quinta variação negativa consecutiva apontada pelo Icec-Índice de Confiança do Empresário do Comércio, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.
Em comparação com abril do ano passado, a queda foi ainda maior de 20,7%.
Com mais esse recuo, o indicador também voltou para a zona de insatisfação, abaixo de 100 pontos, depois de ficar seis meses acima desse nível.
Para os analistas da CNC o resultado reflete as percepções negativas em relação às condições gerais da economia, somado a fatores como o crédito mais caro, o dólar alto e as incertezas políticas. Eles também apontam que o setor tem tido problemas para repassar o aumento de custos aos preços finais, devido à quantidade de famílias endividadas.
Mas o economista responsável pela pesquisa, Antonio Everton, afirma que o caminho para a recuperação está dado " A medida que mais pessoas vão se vacinando e passam a realizar presencialmente o seus consumo, maior pode ser o otimismo dos comerciantes" destaca.
Este mês, os três componentes do Icec apresentaram retrações pela terceira vez seguida. O indicador de Condições Atuais caiu -9,6%, as expectativas recuaram 6,2% e as intenções de Investimentos diminuíram 4,1%.
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio é um indicador apurado entre os tomadores de decisão das empresas do varejo, cujo objetivo é detectar as tendências das ações empresariais do setor. A amostra é composta por aproximadamente seis mil empresas situadas em todas as capitais do País.