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Economia

Desemprego bate recorde histórico no trimestre encerrado em fevereiro

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Tâmara Freire - Repórter da Rádio Nacional
30/04/2021 - 16:58
Brasília

O desemprego no Brasil bateu um novo recorde trimestre encerrado em fevereiro. A quantidade de pessoas sem trabalho chegou a 14 milhões e 400 mil, o maior contingente desde o início da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE, em 2012.

Isso representa uma alta de 2,9%, o que significa que o país tinha mais 400 mil desempregados em fevereiro na comparação com o trimestre encerrado em novembro.

Já a porcentagem de desempregados dentro da força de trabalho foi de 14,4%, a segunda maior da série histórica, abaixo apenas dos 14,6% registrados em setembro no ano passado.

De acordo com a gerente da pesquisa Adriana Beringuy isso representa uma estabilidade com relação ao trimestre anterior, quando a medição ficou em 14,1%. No entanto, em comparação com o mesmo período do ano passado, o aumento é de 2,7 pontos. Adriana ressalta também a sazonalidade desse período, com a dispensa de muitos trabalhadores temporários admitidos no fim do ano.

Adriana ressalta ainda que todos os indicadores apresentam piora na comparação anual, porque ela ainda está sendo feita com o período pré-pandemia. No entanto, com relação ao trimestre anterior a maioria dos indicadores apresenta estabilidade.

Os trabalhadores do setor privado com carteira de trabalho assinada foram estimados em 29,7 milhões de pessoas no trimestre avaliado, bem abaixo dos patamares dos últimos anos, mas praticamente no mesmo nível verificado em novembro.

Os trabalhadores do setor privado sem carteira assinada somaram 9,8 milhões e os empregadores ficaram em 3,9 milhões de pessoas. Já a categoria dos trabalhadores por conta própria foi a única que cresceu, com a adição de 716 mil pessoas, de um trimestre a outro. Esses trabalhadores foram responsáveis também pelo aumento da taxa de informalidade que subiu 1,6% e no trimestre encerrado em fevereiro equivalia a 39,6% de todos os trabalhadores.

Outro dado que apresentou variação entre os trimestres foi o do rendimento médio habitual que caiu 2,5%, ficando em R$ 2.520.

A pesquisa do IBGE traz ainda um outro recorde: o de contingente de pessoas desalentadas que pela primeira vez na série histórica é superior a 5 milhões e 900 mil pessoas, apesar da taxa de 5,6% ser inferior à de 5,9 medida no trimestre encerrado em agosto do ano passado. Os desalentados são aqueles que gostariam de trabalhar, mas desistiram de procurar emprego, diante da dificuldade de encontrar uma vaga.

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