A situação do trabalho remoto variou bastante nas unidades federativas do país no ano passado. Para se ter uma ideia, enquanto no Distrito Federal mais de 23,5% das pessoas exerceram as atividades laborais remotamente, no Pará, esse percentual foi de 3,5%.
Segundo o levantamento do Ipea, o estado que teve o maior contingente de pessoas em trabalho remoto em números absolutos foi São Paulo, com 2 milhões e 900 mil pessoas, seguido por Rio de Janeiro, com 1 milhão e 100 mil, e Minas Gerais, com 700 mil profissionais. Os menores quantitativos foram observados no Amapá, 16 mil; Acre, 14 mil e Roraima, 13 mil.
Um dos autores do estudo, o pesquisador do Ipea, Geraldo Góes, explica que mais de 50% do total de pessoas em trabalho remoto no país estão na região Sudeste e 13% na região Norte. Ele afirma que essas diferenças têm relação com a natureza das atividades profissionais e com as estruturas econômicas dos mercados de trabalho locais. Segundo ele, o trabalho remoto atinge pessoas com maior formação profissional e maior escolaridade, características mais presentes nas regiões com maior renda per capita.
Sobre o perfil de quem esteve em teletrabalho em 2020, o estudo observou um percentual maior de mulheres, pessoas declaradas brancas e com nível superior completo.
Vale destacar que, no total, cerca de 8 milhões e 200 mil brasileiros ocupados e não afastados trabalharam de forma remota no ano passado, o que corresponde a 11% de toda a força de trabalho efetiva no período.
