A arrecadação federal em janeiro foi de R$ 235,3 bilhões de reais, um aumento de mais de 18% em relação a janeiro de 2021, descontada a inflação. Comparado com dezembro, o crescimento real foi de mais de 20%. Esse é o melhor desempenho para mês desde 1995. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pela Receita Federal.
Janeiro foi o 18º mês consecutivo em que a arrecadação ficou acima do esperado por analistas de mercado. Os destaques foram o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido, que totalizaram R$ 84 bilhões. O desempenho é explicado pelo aumento de mais de 116% de arrecadação da declaração de ajuste.
O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias, explicou que esses tributos refletem a atividade das empresas no ano anterior. Em janeiro, elas anteciparam o pagamento do ajuste, entre o lucro estimado e o real em 2021, para escapar da atualização pela taxa Selic.
A Cofins e o PIS/Pasep trouxeram para o cofre do governo mais de R$ 36 bilhões. O coordenador de Previsão de Análise, Marcelo Gomide, destacou as importações e os tributos de comércio exterior. Impactaram ainda as alterações anteriores no IOF e a redução nos valores das compensações de PIS/Cofins.