População de baixa renda é a que mais sofre com inflação, aponta IPEA
Um estudo do IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada aponta uma desaceleração inflacionária para todas as faixas de renda até janeiro de 2022.
Segundo o Indicador Ipea de Inflação, em janeiro, as famílias com renda domiciliar maior que R$ 17.764,49 registraram a menor taxa de inflação no período: 0,34%. Já o segmento que apresentou a maior pressão inflacionária no primeiro mês do ano, 0,63%, foi o das famílias com renda muito baixa, menor que R$ 1.808,79.
Ainda de acordo com os dados divulgados pelo Ipea, nesta terça-feira (15), houve deflação nos preços das tarifas de energia (-1,1%), do gás de botijão (-0,73%) e da gasolina (-1,1%). Mesmo assim, não deu para compensar os reajustes dos aluguéis (1,5%) e das tarifas de ônibus urbano (0,22%), que resultaram em impactos inflacionários para as famílias de menor renda, nos grupos de habitação e transporte.
O estudo também aponta que o grupo transportes trouxesse alívio inflacionário para a faixa de renda mais alta, devido à queda de componentes importantes. Houve recuo nos preços da gasolina (-1,1%) e do etanol (-2,8%); das passagens aéreas (-18,4%) e do transporte por aplicativo (-18%).