Mais de 204 mil lojas foram abertas no setor de varejo do país em 2021, ano marcado pela retomada do consumo presencial, após o fechamento das atividades com o distanciamento imposto pela pandemia. Apesar do cenário econômico brasileiro ainda desfavorável, o faturamento do comércio apresentou no ano passado o maior avanço desde 2018.
Os dados são da pesquisa realizada pela CNC - Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, com base nos dados do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas.
De acordo com o levantamento, que contabilizou trimestralmente a quantidade de CNPJs ativos em todas as atividades de varejo, excluindo os Microempreendedores Individuais, o setor encerrou 2021 com mais de 2,4 milhões de estabelecimentos, revelando, portanto, um saldo positivo superior a 204 mil registros, em comparação ao verificado no fim de 2020.
O estudo da CNC também aponta que, apesar da baixa base comparativa de 2020, das dificuldades econômicas decorrentes da alta da inflação, do aumento dos juros e do mercado de trabalho travado, o faturamento real do setor do comércio no último ano registrou crescimento de 4,5% - o maior avanço anual desde 2018, o que compensou a retração de 1,4% verificada em 2019.
Mais de 92% das empresas abertas foram de micro ou pequeno porte. No geral, esses dois tipos de estabelecimentos comerciais representam 91,5% do total de lojas ativas no varejo brasileiro. Mercados. De acordo com o economista Fabio Bentes, responsável pelo levantamento, eletroeletrônicos e vestuário foram alguns dos segmentos que mais tiveram saldo positivo no ano avaliado, especialmente nas vendas virtuais.
São Paulo, Minas Gerais , Paraná e Rio de Janeiro concentraram juntos mais da metade das lojas abertas ano passado, com mais de 104 mil unidades. Já o estado com o maior crescimento proporcional no número de novos comércios inaugurados em 2021 foi o Amapá, com 17%, seguido pelo Distrito Federal, com 15,4%.