Você sabia que o seu celular, seu computador e até seu carro precisam de semicondutores para funcionar? Pois é, esses pequenos materiais são essenciais para a confecção de chips que fazem parte da maioria dos eletrônicos vendidos no mercado. Mas, desde 2020, com a pandemia, muita gente começou a trabalhar e estudar de casa, aumentando a demanda por eletroeletrônicos. Os fabricantes de semicondutores não conseguiram acompanhar as quantidades e prazos necessários e começou a faltar o produto no mercado.
Para resolver o problema, na prática, o governo federal prorrogou os incentivos do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores até 2026. Além disso, há discussões para criação de zonas de processamento de exportações, com regras tributárias, cambiais e administrativas especiais para a confecção desses produtos. Uma medida provisória, que deve ser editada até junho, vai modernizar e simplificar a entrada e saída dos semicondutores no país, facilitando a produção e a exportação destes produtos.
Nesta terça-feira, durante um seminário sobre o tema no Itamaraty, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, afirmou que os semicondutores estão presentes em várias cadeias produtivas e que incentivar a produção favorece inúmeros setores da economia.
Atualmente, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores, as fábricas brasileiras só conseguem atender a 10% da demanda interna e 70% das empresas do setor têm dificuldade para obter essa matéria-prima.