O serviço de diarista em Belo Horizonte ficou bem abaixo da inflação em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo assim, as profissionais estão com dificuldade de conseguir trabalho, por causa do aperto das finanças das famílias.
De acordo com o diretor do site Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, devido à crise econômica, as diaristas estão cobrando bem abaixo das perdas para não ficar sem trabalhar.
“É o momento que elas estão passando muito difícil desde o início da pandemia, e agora até mesmo a recomposição salarial delas não foi a mesma da inflação, foi bem abaixo. O preço médio no ano passado era R$ 153,64, e passou para R$ 160,67 um ano depois. É um aumento de 4,57%. A inflação durante esse período foi de 11,30%, segundo o IPCA. Então o aumento das profissionais está bem abaixo. Isso é ruim para elas, que não conseguem manter o mesmo nível de ganho. Além disso, há dificuldade de arrumar trabalho”.
Mesmo segurando os preços, a variação dos valores cobrados entre as profissionais pesquisadas foi alta, como explica o diretor.
Nós modulamos a pesquisa da seguinte forma: pegamos um apartamento de 3 quartos, mais ou menos 100 m2, na Zona Sul, em que mora um casal e um filho de 5 anos. E nesse valor inclui-se a alimentação e o transporte ida e volta. Hoje, o menor preço encontrado foi de R$ 120, até R$ 300 - uma diferença de 150%. Cada caso é um caso, é serviço, ou seja, quem contrata tem que verificar se atende às necessidades”.
A pesquisa foi realizada com 30 diaristas de agências da capital entre os dias 20 e 22 de abril. O levantamento detalhado está no site Mercado Mineiro e no aplicativo Com Oferta.