A produção industrial brasileira ficou praticamente estável em abril, com ligeira variação, de 0,1%, frente a março. Apesar de tímido, este é o terceiro resultado positivo consecutivo, e o setor acumula expansão de 1,4% neste período. O que ainda não foi o suficiente para reverter o acumulado negativo do ano, que chega a 3,4%.
Em relação a abril de 2021, também houve queda de 0,5%, nona taxa negativa seguida nesse tipo de comparação, mas a menos intensa dessa sequência. Já o acumulado nos últimos doze meses apresenta recuo, de 0,3%.
Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, e foram divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE.
O gerente do levantamento, André Macedo, explica que, apesar do resultado predominantemente positivo, com duas das grandes categorias e 16 atividades mostrando avanço na produção, ainda há muito o que recuperar.
Entre as grandes categorias, as contribuições positivas foram dadas pelos bens de consumo semi e não duráveis, com alta de 2,3%, e bens intermediários, que subiram 0,8%. Por outro lado, os investimentos, medidos pelo desempenho da produção dos bens de capital, caíram 9,2%, e os bens de consumo duráveis também tiveram recuo expressivo, de 5,5%.
Já entre as atividades, a maior influência positiva veio da indústria de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com crescimento de 4,6%, seguida pelo setor de bebidas, que expandiu 5,2%.
Destacam-se pelo lado negativo, as quedas de 4,1% na indústria de produtos alimentícios e de 4,2% na produção de veículos automotores, reboques e carrocerias.