A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – 10 caiu 0,69% em agosto. Ainda assim, após sucessivos meses de aumento, o acumulado este ano é de uma alta de 8,43%, chegando a 8,82% em 12 meses. Mas a soma é bem menor dos 32,84% medidos nos 12 meses terminados em agosto do ano passado. O índice da Fundação Getulio Vargas calcula a variação dos preços entre o dia 11 de um mês até o dia 10 do mês seguinte.
De acordo com os economistas da Fundação, a deflação observada é um reflexo das reduções do ICMS para a energia elétrica e gasolina. No entanto, esse efeito deve perder força ao longo do mês de agosto. De acordo com a FGV, esses foram os grandes responsáveis pela queda de 1,56% no Índice de Preços ao Consumidor, um dos subíndices do IGP-10, que mede as variações no varejo.
Em agosto, cinco das oito classes de despesa do IPC tiveram decréscimo, com destaque para a deflação de 5,71% nos Transportes, após a queda de quase 17% da gasolina. O Índice de Preços ao Produtor Amplo, outro subindicador que acompanha o comportamento dos preços no atacado também caiu 0,65% em agosto, graças principalmente à deflação de 0,90% nos preços dos alimentos processados. O único subíndice em alta este mês foi o Índice Nacional de Custo da Construção que teve variação positiva de 0,74% em agosto, mas abaixo da registrada em julho.