Investir em educação e promover a Reforma Tributária. Esses são os dois grandes pontos que os empresários consideram como prioridade para melhorar a economia do país e aumentar a oferta de empregos. Isso é o que apontou uma pesquisa inédita realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Além do modelo complexo e pouco eficiente de cobrança de impostos, que compromete a performance das empresas e o crescimento da economia, os altos tributos e a falta de qualificação profissional são vistos pelos empresários como questões a serem resolvidas para ampliar as oportunidades de trabalho no país. 48% dos executivos acreditam ser necessário reduzir os impostos sobre a folha de pagamento e 35% reforçaram a necessidade de fortalecer a capacitação profissional.
Marcelo Azevedo, gerente de análise econômica da CNI, explicou que, na visão dos empresários, a reforma tributária deve melhorar a operação diária das empresas e aumentar a produtividade. Os empresários falam também, nessa pesquisa, sobre a importância de liberar crédito para as empresas investirem e expandirem a sua capacidade produtiva; e sobre a necessidade de mudanças na legislação trabalhista.
A educação é um dos pontos principais apontados pelos entrevistados. Marcelo Azevedo explica que esses executivos acreditam que investir nesse setor pode trazer mais produtividade para empresas e melhorar o crescimento econômico.
Para a área de Segurança, a prioridade do governo que assume em 2023, na opinião dos empresários, deve ser aumentar o efetivo de policiais nas ruas e equipar a polícia.
Quando se trata do cenário atual, quase a metade dos empresários avalia a situação da economia brasileira como ótima ou boa; e afirmam que o próximo presidente deve priorizar a redução dos impostos.
A pesquisa Agenda de Prioridades da CNI, encomendada ao Instituto FSB Pesquisa, ouviu 1.001 executivos de empresas industriais de pequeno, médio e grande porte de todas as regiões do país.
As entrevistas, feitas por telefone, foram realizadas entre os dias 10 e 24 de agosto de 2022. O questionário, além de perguntas relacionadas à geração de emprego e outras questões importantes para o crescimento da economia, também aborda Saúde, Educação e Segurança.