Os preços dos produtos industrializados, na saída das fábricas, caíram 0,54% em novembro do ano passado, frente a outubro. Foi a quarta variação negativa seguida do Índice de Preços ao Produtor (IPP). Divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O IPP calcula a inflação dos produtos sem impostos e fretes.
Em setembro do ano passado, a deflação havia sido ainda mais intensa, de -1,89%. Já o acumulado no ano chegou a 4,47% e o acumulado nos últimos 12 meses, atingiu 4,39%.
Das 24 atividades industriais pesquisadas, nove apresentaram inflação em novembro na comparação com outubro. A variação positiva mais marcante foi a do refino de petróleo, com a primeira alta nos últimos quatro meses, como explica o analista do Índice de Preços ao Produtor, Alexandre Brandão.
Entre as 9 atividades industriais com inflação no acumulado do ano de 2022, a principal influência veio do setor de papel e celulose, com 19,47%. Entre os ramos da indústria com maior deflação, estão as indústrias extrativas e alimentos.
Já a principal responsável pela quarta variação negativa percebida no IPP em novembro, foi a indústria química. Na comparação com outubro, o setor mantém uma sequência de reduções nos preços na porta da fábrica que se iniciou em julho deste ano e acumula desde então uma queda de 16,29%. Um dos fatores que influenciaram nesses números foi a redução dos preços dos insumos fertilizantes básicos no mercado global.
Três grandes categorias econômicas tiveram inflação no acumulado do ano : de 10, 92 % nos bens de capital, isto é, máquinas e equipamentos usados no setor produtivo e de 7,32 % nos bens de consumo duráveis, que englobam itens como automóveis e eletrodomésticos. Já os bens de consumo semi e não duráveis, que abrangem roupas, sapatos, alimentos e remédios tiveram variação de 5,32 %.
